Esporte

Fluminense está pronto para conquistar o mundo? Especialistas avaliam chances no Mundial de Clubes

A vitória sobre o Al-Hilal reacendeu o sonho da torcida tricolor: será que o Fluminense pode, enfim, levantar a taça do Mundial de Clubes? O debate entre colunistas e analistas esportivos tem sido intenso desde a classificação do clube carioca para a semifinal. Há consenso de que o time tem qualidade, mas também que o desafio é monumental.

O Fluminense chega ao Mundial em bom momento, embalado por conquistas recentes e com um elenco ajustado por Fernando Diniz e agora administrado por Renato Gaúcho. A base do time mantém a filosofia de posse de bola e controle do jogo, mas com toques mais pragmáticos desde a mudança no comando técnico. A vitória contra o Al-Hilal reforçou esse equilíbrio, com uma equipe sólida defensivamente e letal nas poucas chances criadas.

Entre os analistas, há quem veja o Flu como um dos poucos times sul-americanos nos últimos anos com condições reais de brigar pelo título. O meio-campo é apontado como o grande diferencial da equipe, com jogadores técnicos e experientes, como André e Ganso, além da boa fase de Arias, que vem se destacando no setor ofensivo.

O que pesa contra o time brasileiro, segundo os colunistas, é o histórico recente das finais do Mundial. A hegemonia europeia é um obstáculo difícil de transpor. Desde 2012, nenhum clube da América do Sul conseguiu vencer a competição. O abismo técnico, físico e financeiro entre os continentes ainda é visível, e adversários como Chelsea ou Manchester City têm elencos muito superiores em termos de profundidade e intensidade.

Outro ponto discutido é a resistência emocional. Para muitos, o Fluminense ainda precisa mostrar maturidade em momentos decisivos. O Mundial é um torneio de tiro curto, onde um erro pode custar tudo. A experiência do elenco em jogos de alta pressão será colocada à prova, especialmente se o adversário da final for um gigante europeu.

Ainda assim, há otimismo. O futebol brasileiro vive um momento de renovação, e o Fluminense representa um modelo alternativo de sucesso, baseado na valorização da base, no jogo coletivo e em ideias táticas ousadas. Se conseguir manter a consistência defensiva e aproveitar as brechas que surgem nos jogos de mata-mata, o título pode deixar de ser apenas um sonho.

A torcida, por sua vez, já acredita. O time tem mostrado coragem, personalidade e um futebol competitivo. E no Mundial, onde tudo pode acontecer em 90 minutos — ou em uma prorrogação dramática —, a história prova que é permitido sonhar.

O Fluminense está longe de ser favorito, mas também está longe de ser coadjuvante. Se vai erguer o troféu, só o tempo dirá. Mas que pode dar trabalho aos gigantes, isso já está claro.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *