Economia

Especialista alerta: inteligência artificial vai transformar empregos — e ficar parado não é opção

O avanço acelerado da inteligência artificial está remodelando profundamente o mercado de trabalho. Para o empreendedor e especialista em inovação Bob Wollheim, não se trata mais de uma questão de “se” a IA vai substituir postos de trabalho, mas de “quando” e “quais”. Segundo ele, a tecnologia já está assumindo tarefas humanas com rapidez, e o maior desafio da sociedade será adaptar-se a esse novo cenário.

Wollheim acredita que muitos empregos, especialmente os que envolvem atividades repetitivas, rotineiras ou analíticas, estão com os dias contados. Ferramentas baseadas em IA já são capazes de executar funções antes exclusivas de humanos, como redação, atendimento ao cliente, análise de dados, diagnósticos médicos, programação e até mesmo tarefas criativas. E a tendência, segundo ele, é que isso só se intensifique.

Mas o especialista frisa que a solução não está em combater a tecnologia, e sim em repensar a forma como as pessoas se preparam para o futuro. “O problema não é a IA. O problema é a passividade diante da mudança. Se você ficar parado, vai ser engolido”, afirma. Para Wollheim, o verdadeiro risco está em não agir, em não buscar constante atualização e em resistir às transformações inevitáveis do mercado.

A orientação que ele dá é clara: é preciso desenvolver habilidades que a inteligência artificial ainda não consegue replicar com excelência — como criatividade genuína, pensamento crítico, empatia, inteligência emocional, ética e capacidade de adaptação. Além disso, aprender a trabalhar com a tecnologia, e não contra ela, será crucial. “Quem souber usar a IA como aliada, vai ampliar seu potencial e se destacar”, diz.

Ele também ressalta que a revolução atual é diferente das anteriores justamente pela velocidade. Se no passado as mudanças levavam décadas para se consolidar, agora elas acontecem em questão de meses. “É uma transformação quase simultânea, global, e transversal a todas as áreas. Educação, saúde, finanças, indústria, arte… todos os setores serão afetados”, pontua.

Wollheim não nega que haverá dor no processo. Muitos profissionais ficarão pelo caminho, e alguns setores inteiros terão que ser reinventados. No entanto, ele vê nisso uma oportunidade para reconstruir modelos ultrapassados e construir uma sociedade mais eficiente e centrada no valor humano.

“Vai acabar emprego? Sim. Mas também vai nascer muita coisa nova. Só que o novo exige movimento. Exige estudo. Exige humildade para recomeçar. Quem esperar o tsunami passar para decidir o que fazer, vai estar tarde demais”, conclui.

Para ele, a questão principal não é proteger o trabalho como o conhecemos, mas preparar as pessoas para o trabalho como ele será.

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