Economia

Nova corregedoria reforça integridade na Petrobras

A Petrobras anunciou a criação de uma Corregedoria-Geral com o objetivo de fortalecer seu Sistema de Integridade. A medida, aprovada pelo Conselho de Administração da companhia, marca mais um passo no processo de aprimoramento da governança interna da estatal, especialmente no que se refere à prevenção, investigação e responsabilização de condutas incompatíveis com as normas da empresa.

A nova estrutura será vinculada à diretoria de Governança e Conformidade e terá atribuições voltadas ao tratamento de infrações internas, investigações disciplinares e integração das políticas de conduta ética em toda a cadeia organizacional da empresa. A Corregedoria-Geral reunirá atividades antes distribuídas em diferentes áreas, como Integridade Corporativa, Recursos Humanos, Ouvidoria e setores de segurança interna. A centralização das atribuições permitirá mais agilidade, padronização e controle na aplicação dos mecanismos de integridade.

O cargo de corregedor-geral será ocupado inicialmente por Edson Leonardo Dalescio Sá Teles, que já atuava na área de responsabilização disciplinar dentro da companhia. Ele terá a responsabilidade de conduzir os processos internos com foco em eficiência, independência e transparência, consolidando uma atuação alinhada aos padrões exigidos por órgãos de controle e pelas boas práticas internacionais de compliance.

A estruturação da Corregedoria-Geral ocorre em um momento em que a Petrobras vem sendo reconhecida por seus avanços em maturidade institucional. A área responsável por responsabilização disciplinar da empresa já havia alcançado o mais alto nível no modelo de maturidade correcional do Poder Executivo, conforme avaliação da controladoria federal. Esse reconhecimento é concedido a instituições que atendem a todos os critérios estabelecidos para garantir autonomia, qualidade na apuração de irregularidades e atuação preventiva.

Com a nova corregedoria, a Petrobras busca consolidar sua atuação como referência em integridade corporativa no setor público. A empresa pretende oferecer respostas mais rápidas e rigorosas a desvios de conduta, ao mesmo tempo em que reforça sua política de prevenção, com foco na cultura ética e na promoção de um ambiente organizacional seguro e justo.

Entre os objetivos principais da nova instância estão a padronização dos procedimentos disciplinares, a redução dos prazos para conclusão de investigações internas, a ampliação do alcance das ações preventivas e o fortalecimento da confiança dos colaboradores e da sociedade na estrutura de controle da companhia.

A decisão também se insere em um contexto mais amplo de reestruturação das práticas de governança da empresa. Desde 2023, a Petrobras tem implementado diversas medidas voltadas à proteção de direitos, combate ao assédio e incentivo à denúncia de irregularidades. Novos canais de escuta, ampliação dos mecanismos de proteção às vítimas e treinamento contínuo dos colaboradores fazem parte desse esforço integrado.

A iniciativa de criar uma corregedoria unificada está alinhada ao compromisso da estatal de manter seus padrões de conduta acima das exigências legais, fortalecendo seu posicionamento como uma das empresas estatais com maior grau de conformidade no país. A estrutura permitirá respostas mais firmes e coordenadas a qualquer tipo de infração, reforçando o compromisso institucional com a transparência, a responsabilidade e a confiança pública.

Com isso, a Petrobras sinaliza que o combate a práticas irregulares continua sendo uma prioridade estratégica, não apenas como exigência legal, mas como elemento central de sua cultura empresarial. A criação da Corregedoria-Geral representa, portanto, mais do que uma mudança administrativa — trata-se de um avanço concreto no compromisso da empresa com integridade, eficiência e ética em todas as suas atividades.

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