Economia

Desemprego atinge menor nível histórico em maio e deve continuar caindo até o fim de 2025

A taxa de desemprego no Brasil atingiu 6,2% no trimestre encerrado em maio, o menor patamar já registrado para esse período desde o início da série histórica. O número surpreendeu analistas e reforça uma tendência de recuperação sólida do mercado de trabalho no país.

O resultado foi impulsionado por uma combinação de fatores, como o aumento da formalização do emprego, com crescimento recorde de vagas com carteira assinada, a redução da informalidade e a queda no número de pessoas desalentadas — aquelas que desistiram de procurar emprego. Atualmente, o total de trabalhadores com carteira assinada já se aproxima dos 40 milhões.

A projeção de especialistas é de que a taxa continue em queda nos próximos meses, podendo chegar a 5,9% até dezembro e até menos, a depender da manutenção de estímulos econômicos e estabilidade fiscal. A média anual esperada para 2025 gira em torno de 6,4%, mas há cenários mais otimistas que apontam para níveis em torno de 5,5%.

Essa melhora é atribuída, em parte, ao aumento da atividade econômica promovido por políticas públicas como a liberação de precatórios, expansão de crédito e programas de renda que impulsionam o consumo das famílias. Além disso, a criação de vagas formais tem puxado o índice geral para baixo.

Mesmo assim, o cenário não é totalmente livre de riscos. A alta da taxa Selic, atualmente em 15% ao ano, pode frear o ritmo de criação de empregos no setor privado ao restringir o acesso ao crédito e investimentos. O crescimento econômico também deve perder força em 2025, o que pode afetar a capacidade de geração de novas vagas.

Ainda assim, o Brasil mostra resiliência no mercado de trabalho e deve continuar colhendo bons resultados ao longo do ano. A tendência é de manutenção de um nível historicamente baixo de desemprego, com maior qualidade nas contratações e mais trabalhadores com direitos assegurados.

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