Politica

IOF: Boulos assume protagonismo na articulação do governo no STF

Cotado para integrar a Secretaria-Geral da Presidência após a eleição interna do PT, o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL-SP) passou a representar a linha de frente do governo na defesa do decreto que prevê o aumento do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras). Nas redes sociais, Boulos anunciou um “contra-ataque” e declarou que seu partido acionará o Supremo Tribunal Federal (STF) para contestar a anulação do decreto presidencial.

Segundo o parlamentar, a derrubada do ato pelo Congresso foi inconstitucional. Além de medidas jurídicas, ele também convocou atos públicos por meio da Frente Povo Sem Medo para denunciar o que classificou como “boicote da direita” no Parlamento.

Governo prepara reação institucional

O movimento liderado por Boulos ocorre em um momento em que o governo federal avalia formalizar uma consulta ao STF sobre a validade do decreto legislativo que anulou o aumento do imposto. A medida representa uma tentativa do Executivo de recuperar o instrumento de arrecadação em meio às dificuldades fiscais enfrentadas pelo país.

De acordo com a apuração da CNN, interlocutores do Palácio do Planalto planejam conversas com ministros da Suprema Corte para avaliar a viabilidade de um recurso formal.

Haddad defende alternativas para o orçamento

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, também se manifestou sobre o impasse. Em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo, Haddad indicou que a equipe econômica está disposta a recorrer à Justiça para assegurar fontes adicionais de receita. A derrubada do decreto, segundo ele, compromete a estrutura do orçamento e obriga o governo a buscar alternativas para evitar cortes em áreas sensíveis.


Conclusão

A entrada de Guilherme Boulos no centro da disputa pelo IOF reforça o alinhamento entre setores da esquerda e o governo federal na tentativa de reverter decisões do Congresso que afetam a arrecadação. Com o apoio de movimentos sociais e respaldo político, o deputado se consolida como articulador de uma estratégia que inclui judicialização e mobilização popular. Ao mesmo tempo, o Planalto avalia caminhos institucionais para manter o equilíbrio fiscal, apostando no STF como um possível desfecho para o impasse tributário.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *