Fim do clima zen? Abel se irrita ao comentar atuação de Estêvão no Palmeiras
O técnico Abel Ferreira, conhecido por oscilar entre momentos de tranquilidade e explosões à beira do campo, protagonizou mais um episódio de tensão durante entrevista coletiva após a última partida do Palmeiras. Ao ser questionado sobre o desempenho do jovem Estêvão, uma das maiores promessas da base alviverde, o treinador não escondeu o incômodo com a forma como a pergunta foi feita.
O jornalista levantou uma questão sobre a atuação do garoto, insinuando que Estêvão poderia ter rendido mais dentro de campo. Abel, visivelmente contrariado, reagiu com veemência. “Vocês têm que decidir se querem ver o jogador crescer com calma ou se querem colocar tudo nas costas dele agora. O menino tem 17 anos!”, disparou o treinador.
Ele seguiu em tom firme, ressaltando que o crescimento de um atleta jovem exige tempo, paciência e, principalmente, responsabilidade da parte da imprensa e da torcida. “Não é justo fazer esse tipo de análise em cima de um garoto que ainda está entendendo o futebol profissional. Ele tem talento, e vai evoluir no tempo dele.”
Abel ainda aproveitou o momento para reforçar sua confiança em Estêvão e nos demais jogadores da base, afirmando que o clube tem feito um trabalho de formação consistente, mas que o processo natural de amadurecimento não pode ser atropelado por pressão externa. “Querem um craque pronto em um mês? Isso não existe. Nem Messi e Cristiano foram assim.”
A reação do técnico deixou o clima mais tenso na sala de imprensa e levantou novamente o debate sobre o papel da mídia esportiva na formação de atletas jovens no Brasil. Para muitos torcedores, Abel tem razão ao pedir mais cautela. Já outros viram na resposta um desvio de foco diante de uma atuação coletiva abaixo do esperado da equipe.
Apesar do momento tenso, Abel encerrou a coletiva reafirmando o compromisso do elenco e seu entusiasmo com o potencial de Estêvão. “O menino é diferente, e eu confio nele. Mas vamos com calma. Talento a gente lapida, não pressiona.”
O episódio pode marcar o fim do recente tom mais sereno do técnico nas entrevistas — sinal de que, no futebol, a paz e amor têm limite quando o assunto é proteger os seus.