Politica

Desemprego no Brasil atinge 6,2% em maio e registra o menor nível da história para o mês

O Brasil alcançou em maio uma das melhores marcas já registradas no mercado de trabalho. A taxa de desemprego caiu para 6,2% no trimestre encerrado no mês, sendo o menor índice já observado para um mês de maio desde o início da série histórica da pesquisa, iniciada em 2012.

Esse resultado representa uma queda de 0,6 ponto percentual em relação ao trimestre imediatamente anterior, e de 0,9 ponto percentual na comparação com o mesmo período do ano passado. Em termos absolutos, o número de brasileiros em busca de emprego foi estimado em cerca de 6,8 milhões de pessoas — o menor contingente de desocupados desde 2015.

Além da queda no desemprego, outros indicadores do mercado de trabalho reforçam o cenário positivo. O total de trabalhadores com carteira assinada chegou a 39,8 milhões, o maior patamar já registrado. O número de empregados no setor privado com carteira subiu de forma consistente, indicando não só crescimento na oferta de vagas, mas também um avanço na formalização do trabalho.

Outro destaque foi a massa de rendimento real habitual, que atingiu R$ 354,6 bilhões, valor recorde da série histórica. Isso demonstra não apenas aumento no número de ocupados, mas também maior poder de compra da população, impulsionando o consumo e contribuindo para a atividade econômica.

O rendimento médio real habitual também apresentou estabilidade, mantendo-se em torno de R$ 3.181, o que indica que os salários não foram corroídos pela inflação no período analisado. Essa estabilidade, aliada ao crescimento da ocupação formal, sugere um mercado de trabalho aquecido e resistente aos efeitos das políticas monetárias mais restritivas em vigor.

Apesar do bom momento, especialistas avaliam que a trajetória de melhora pode começar a desacelerar nos próximos meses. Os juros elevados, mantidos pelo Banco Central para controlar a inflação, tendem a esfriar o ritmo de criação de vagas, especialmente nos setores mais sensíveis ao crédito.

Ainda assim, o cenário atual é de otimismo moderado. A combinação de mais empregos, melhores rendimentos e aumento da formalização fortalece a economia e reduz desigualdades, ainda que o país precise seguir atento a riscos externos, à política fiscal e às incertezas do segundo semestre.

A taxa de 6,2% representa mais que um número: é o reflexo de um mercado de trabalho que, mesmo diante de desafios, dá sinais concretos de recuperação e estabilidade.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *