Economia

Líderes da UE se reúnem para decidir sobre acordo comercial com os EUA

Os líderes dos 27 países da União Europeia deverão informar nesta quinta-feira (26) à Comissão Europeia se preferem acelerar a conclusão de um acordo comercial com os Estados Unidos, mesmo em condições mais favoráveis a Washington, ou se continuarão negociando por termos mais equilibrados.

Segundo autoridades e diplomatas ouvidos, a maioria dos países do bloco parece inclinada a aceitar um desfecho rápido, o que abriria espaço para a UE tentar, posteriormente, adotar medidas próprias para compensar eventuais desvantagens no acordo.

Alemanha e Bélgica demonstram apoio à Comissão

O chanceler alemão Friedrich Merz manifestou apoio total à presidente da Comissão Europeia nos esforços para fortalecer a competitividade do bloco e para fechar um entendimento com os EUA o quanto antes. “Apoio a Comissão, apoio a presidente da Comissão Europeia em seus esforços para avançar na competitividade. Também apoio a Comissão Europeia em todos os seus esforços para chegar rapidamente a um acordo comercial com os EUA”, afirmou Merz.

Ele também defendeu o avanço de outras frentes comerciais: “Quero que o Mercosul saia do papel e que possamos concluir outros acordos comerciais. A Europa está enfrentando semanas e meses decisivos.”

O primeiro-ministro belga, Bart De Wever, destacou a importância de evitar um confronto comercial direto com os Estados Unidos. “Uma guerra comercial torna ambos os lados do Atlântico mais pobres e é simplesmente estúpida. Portanto, apoio a abordagem da presidente da Comissão, que sempre manteve a calma e negociou para chegar a um resultado”, declarou. No entanto, ele deixou claro que, caso haja imposição de tarifas injustas, a UE deverá responder com medidas proporcionais.

Pressão do governo Trump acelera decisão

A urgência da deliberação europeia decorre do prazo imposto pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que estabeleceu 9 de julho como data-limite para a formalização do acordo. Em caso de impasse, Washington ameaça ampliar as tarifas sobre produtos europeus.

Atualmente, os produtos da União Europeia enfrentam tarifas de 50% sobre aço e alumínio, 25% sobre veículos e autopeças, além de 10% sobre a maioria dos demais itens exportados para os EUA. O governo norte-americano já indicou que esse percentual pode subir para até 50% se não houver um entendimento comercial em breve.


Conclusão

Com o prazo imposto pelos Estados Unidos se aproximando, a União Europeia se vê diante de uma escolha estratégica: buscar um acordo comercial rápido, ainda que em condições menos favoráveis, ou insistir em negociações mais longas para alcançar um equilíbrio maior. O apoio crescente entre líderes europeus à posição da Comissão sugere que o bloco pode optar por uma solução pragmática para evitar o agravamento de tensões comerciais e proteger suas economias de novas tarifas.

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