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Trump diz que alvos atacados pelos EUA no Irã foram “totalmente destruídos”

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou nesta segunda-feira (23) que os ataques militares norte-americanos realizados no fim de semana causaram destruição total nos alvos iranianos atingidos. A afirmação foi publicada por Trump em sua rede social, o Truth Social, onde também criticou veículos de imprensa por, segundo ele, apresentarem versões conflitantes sobre os danos provocados.

Alvos nucleares sob ataque

Entre os locais atingidos, está a instalação de Fordow, mencionada no domingo (22) pelo primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu. Segundo ele, o local foi seriamente comprometido por bombas do tipo “bunker-buster”, projetadas para penetrar fortificações subterrâneas. No entanto, a real extensão dos danos ainda está em processo de verificação.

A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) confirmou que as entradas dos túneis no complexo de Isfahan, outro alvo dos ataques, foram atingidas. Em Fordow, imagens de satélite evidenciam marcas de impactos, mas ainda não há confirmação oficial de que as instalações subterrâneas tenham sido destruídas.

Preocupação com material nuclear iraniano

O diretor-geral da AIEA, Rafael Grossi, alertou que o local do estoque de urânio enriquecido do Irã, que está próximo do grau necessário para uso em armamento nuclear, não foi identificado. Grossi pediu que os inspetores da agência possam retornar ao país com segurança para monitorar a situação.

Em entrevista à CNN, Grossi estimou que o Irã detém cerca de 400 quilos de urânio enriquecido a 60%, nível próximo dos 90% necessários para fabricar uma arma nuclear. O dirigente também ressaltou que o governo iraniano afirmou manter esse material protegido, embora não tenha fornecido detalhes sobre sua localização atual.

Conclusão

As declarações de Trump e as informações da AIEA apontam para um cenário ainda incerto quanto aos efeitos reais dos ataques dos EUA em território iraniano. Enquanto líderes políticos reforçam a narrativa de sucesso militar, organismos internacionais seguem pedindo acesso para avaliação independente dos danos e da segurança do material nuclear armazenado. A situação mantém a tensão elevada na região e reacende debates sobre a proliferação de armas nucleares e os riscos de novos confrontos.

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