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Petróleo e Estreito de Ormuz: veja como a economia dos EUA pode ser impactada

A economia dos Estados Unidos enfrenta um novo desafio com o aumento das tensões no Oriente Médio, após os ataques norte-americanos a três instalações nucleares no Irã. Analistas apontam que os preços do petróleo e do gás devem subir, o que pode pressionar novamente a inflação, em um momento em que os consumidores vinham se beneficiando de combustíveis mais baratos.

Petróleo deve abrir a semana em alta

Especialistas do setor energético preveem que o preço do barril de petróleo nos Estados Unidos pode chegar a US$ 80 na abertura dos mercados. O produto não encerra um pregão acima desse patamar desde janeiro. Desde agosto de 2024, os preços oscilaram entre US$ 60 e US$ 75, ajudando a reduzir o custo da gasolina para abaixo de US$ 3 por galão em várias regiões do país.

Apesar da expectativa de aumento, há incertezas sobre a duração dessa alta. “Não se deve necessariamente presumir que só porque o preço do petróleo sobe, ele vai permanecer nesse patamar. Não vai”, observou Joe Brusuelas, economista-chefe da RSM.

Estreito de Ormuz é fator decisivo

O ponto mais sensível da crise está no Estreito de Ormuz, por onde passa cerca de 20% do petróleo bruto transportado globalmente. A possível decisão do parlamento iraniano de bloquear o estreito é vista como fator determinante para o rumo dos preços do petróleo nos próximos dias ou semanas.

Autoridades iranianas sinalizaram ter diversas opções de resposta aos ataques. Um conselheiro do líder supremo do país já sugeriu o fechamento do estreito como uma medida estratégica. Caso isso ocorra, o risco de uma resposta militar mais ampla por parte dos EUA e seus aliados aumenta consideravelmente, segundo Bob McNally, ex-assessor de energia da presidência de George W. Bush.

Impactos geopolíticos e pressão internacional

O governo norte-americano vem tentando conter os impactos diplomáticos e econômicos da crise. Em entrevista concedida no domingo, o Secretário de Estado Marco Rubio pediu à China que impeça o Irã de fechar o Estreito de Ormuz. Ele afirmou que a medida afetaria mais duramente outras economias do que a americana.

Dados indicam que a China é responsável pela compra de um terço do petróleo originado no Golfo Pérsico, enquanto os Estados Unidos compram menos de 3%, o que reduz parcialmente a exposição direta da economia americana ao fluxo da região.

Conclusão

Com o cenário internacional ainda incerto, a economia dos Estados Unidos permanece vulnerável a oscilações no preço do petróleo. Embora o impacto direto possa ser limitado em comparação com outros países, uma alta nos preços de energia pode reacender pressões inflacionárias internas. A evolução do conflito e a resposta do Irã, especialmente em relação ao Estreito de Ormuz, serão fatores determinantes para os rumos do mercado e para a estabilidade econômica global.

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