Ministro do governo Lula critica ofensiva dos EUA contra instalações nucleares iranianas
O ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, criticou duramente os recentes ataques dos Estados Unidos a instalações nucleares no Irã. Em publicação feita neste domingo (22) na rede social X (antigo Twitter), Teixeira classificou a ação como uma violação do direito internacional e apontou a ausência de aprovação legislativa nos Estados Unidos para a ofensiva militar.
“O ataque norte-americano ao Irã, ordenado por Trump, fere frontalmente o direito internacional e o próprio direito interno, já que não foi aprovado pelo Congresso norte-americano. Trump é cúmplice dos crimes do governo de extrema-direita de Netanyahu”, escreveu o ministro.
Trump anuncia ação militar contra alvos nucleares iranianos
A manifestação de Paulo Teixeira ocorreu após o ex-presidente dos EUA, Donald Trump, anunciar no sábado (21) que as Forças Armadas norte-americanas realizaram uma ofensiva contra três centros nucleares iranianos: Fordow, Natanz e Isfahan. Segundo Trump, o ataque foi “muito bem-sucedido”.
Até o momento, o Ministério das Relações Exteriores do Brasil (Itamaraty) ainda não se pronunciou oficialmente sobre os ataques.
Relações entre Brasil e Irã seguem estáveis
Apesar do cenário internacional tenso, os laços diplomáticos entre Brasil e Irã mantêm-se estáveis. Após um período de distanciamento durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro, as relações bilaterais foram retomadas com mais intensidade em 2025.
Durante o ano, ocorreram diversos encontros entre representantes dos dois países em Brasília, como parte dos preparativos para a Cúpula dos Chefes de Estado do Brics, prevista para julho no Rio de Janeiro. Os temas das reuniões envolveram áreas como agropecuária, infraestrutura e saúde.
Conclusão
As críticas do ministro Paulo Teixeira somam-se ao debate internacional sobre os limites das ações militares unilaterais e reforçam a postura do atual governo brasileiro em defesa do respeito às normas internacionais. A aproximação entre Brasil e Irã no contexto do Brics também coloca os dois países em um canal diplomático ativo, que deve se intensificar com a realização da cúpula no segundo semestre.