FGTS: chega ao fim a segunda etapa do saque-aniversário especial
O delegado Ricardo Saadi, indicado nesta quinta-feira (19) para a presidência do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), assumirá o cargo a partir de 1º de julho com a missão de atingir financeiramente o crime organizado e intensificar o combate à lavagem de dinheiro. Delegado da Polícia Federal desde 2002, Saadi é visto como um nome com forte alinhamento ao uso de inteligência financeira no enfrentamento a organizações criminosas.
Combate ao crime via rastreamento de recursos
Fontes do governo apontam que Saadi defende uma abordagem centrada no monitoramento financeiro como principal instrumento contra o crime organizado, deixando de lado estratégias de confronto armado. A escolha pelo seu nome reflete essa visão: descapitalizar os grupos criminosos por meio de ações coordenadas de rastreamento e bloqueio de ativos ilícitos.
Apoio institucional e experiência relevante
A indicação contou com o respaldo de figuras-chave do governo, como o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, o diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, e o ministro da Controladoria-Geral da União, Vinícius de Carvalho. O Coaf está formalmente vinculado ao Banco Central, e a experiência de Saadi em investigações financeiras foi considerada decisiva para a nomeação.
Com passagens por cargos estratégicos, ele já atuou como conselheiro do próprio Coaf, foi diretor de Investigação e Combate ao Crime Organizado e à Corrupção na PF, além de ter chefiado o Departamento de Recuperação de Ativos do Ministério da Justiça. Também acumulou experiência internacional, tendo colaborado com a Europol.
Mudança no comando
Ricardo Saadi substituirá Ricardo Liáo, servidor de carreira do Banco Central que lidera o Coaf desde agosto de 2019. A transição no comando ocorre num momento em que o governo reforça a importância do monitoramento financeiro diante do uso crescente do sistema bancário por redes criminosas.
Conclusão: inteligência financeira como principal arma
A chegada de Ricardo Saadi ao Coaf marca um movimento do governo em fortalecer a atuação do órgão como ferramenta central no combate ao crime organizado. Com uma trajetória voltada à repressão de crimes financeiros, a expectativa é de que sua gestão amplie o foco na descapitalização de grupos criminosos e utilize o sistema financeiro como campo estratégico na prevenção e investigação de atividades ilícitas.