Canadá anuncia que adotará novas tarifas sobre aço e alumínio em breve
O primeiro-ministro canadense, Mark Carney, anunciou nesta quinta-feira (19) que o Canadá tomará medidas tarifárias em resposta ao atual cenário do mercado internacional de metais. A decisão surge após os Estados Unidos, sob a presidência de Donald Trump, dobrarem as tarifas sobre aço e alumínio importados, passando para 50%. O Canadá, principal fornecedor desses produtos aos americanos, vê sua economia ameaçada por essa mudança.
Riscos de mercado e medidas planejadas
Carney explicou que as tarifas americanas têm gerado instabilidade no mercado global e contribuído para um cenário de excesso de oferta e comércio desleal. Para enfrentar esses riscos, o governo canadense aplicará novas cotas tarifárias sobre as importações de aço de países com os quais não mantém acordos de livre-comércio. Essas cotas serão fixadas com base em 100% dos volumes registrados em 2024, com o objetivo de proteger a indústria doméstica e evitar redirecionamento de exportações.
Tentativa de novo entendimento com os EUA
Ainda nesta semana, Carney afirmou que ele e o presidente Trump chegaram a um consenso sobre a necessidade de negociar um novo pacto econômico e de segurança entre os dois países. O prazo para essas tratativas foi definido em 30 dias, mas os detalhes do possível acordo não foram divulgados até o momento.
Ajuste nas tarifas já aplicadas
Além das novas medidas, o Canadá também revisará as contra-tarifas atualmente aplicadas sobre produtos de aço e alumínio dos Estados Unidos. Essa revisão será feita em 21 de julho e dependerá do andamento das negociações bilaterais. Carney, no entanto, não especificou os critérios exatos que serão utilizados para essa avaliação.
Conclusão
O anúncio do governo canadense sinaliza uma tentativa de equilibrar proteção econômica e diplomacia. Ao mesmo tempo em que busca blindar seu mercado interno contra distorções causadas por tarifas estrangeiras e comércio desleal, o Canadá também se mostra disposto a negociar uma solução conjunta com os Estados Unidos. O próximo mês será decisivo para definir se esse caminho será de confronto ou reconciliação econômica entre os dois países.