Politica

Ex-número 2 da Abin tentou usar dados contra diretor da PF, revela apuração da Polícia Federal

Uma investigação da Polícia Federal revelou que Alessandro Moretti, ex-diretor-adjunto da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), tentou levantar informações contra o diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues. O objetivo seria desestabilizar e enfraquecer a condução das apurações sobre o uso ilegal de sistemas de monitoramento durante o governo anterior — o caso conhecido como “Abin paralela”.

Segundo o inquérito em curso no Supremo Tribunal Federal, Moretti teria atuado de forma coordenada com outros servidores da Abin para buscar dados sensíveis e comprometedores sobre Rodrigues. Essa ação ocorreu no mesmo período em que a PF intensificava as investigações sobre práticas de espionagem ilegal atribuídas a integrantes do antigo governo, inclusive contra autoridades públicas e opositores.

As informações colhidas apontam que o movimento não apenas visava gerar uma crise interna na Polícia Federal, mas também criar obstáculos ao avanço das apurações. O uso político de recursos da inteligência estatal, nesse contexto, é considerado uma forma grave de obstrução de Justiça.

A tentativa de levantar informações sigilosas para uso pessoal ou político configura crime e expõe Moretti a indiciamentos por abuso de autoridade, obstrução de investigação e possível tentativa de interferência em órgão público.

Diante da gravidade do episódio, o governo federal optou por exonerar Alessandro Moretti do cargo de número dois da Abin. A decisão foi tomada como uma forma de preservar a credibilidade institucional da agência e garantir a autonomia da PF para seguir com o inquérito sem pressões políticas.

O caso continua em investigação no Supremo Tribunal Federal, sob a relatoria do ministro Alexandre de Moraes. A PF pretende concluir o relatório final nos próximos dias, e não está descartada a possibilidade de novos nomes serem incluídos na lista de indiciados. A expectativa é que a entrega do parecer definitivo traga desdobramentos importantes e revele mais detalhes sobre o funcionamento e os objetivos da chamada “Abin paralela”.

Se quiser, posso te trazer um resumo da cronologia completa da operação ou os nomes que já foram indiciados ou investigados.

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