Copom sobe Selic para 15% ao ano em sétima alta seguida, maior nível desde 2006
O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central elevou hoje a taxa Selic em 0,25 ponto percentual, chegando a 15% ao ano. Essa é a sétima alta consecutiva, e o novo patamar é o mais alto desde julho de 2006.
O que motivou a decisão
- A inflação ainda está acima do centro da meta (3%). Em maio, o IPCA acumulado em 12 meses foi de 5,32%, mesmo com sinal de arrefecimento recente.
- O cenário econômico permanece resiliente: atividade, emprego e consumo seguem firmes, exigindo uma postura mais restritiva.
- O ambiente externo segue instável, com tensões geopolíticas e incertezas na economia dos EUA, reforçando a necessidade de manutenção de juros elevados.
O BC sinalizou que deve interromper o ciclo de altas para monitorar os efeitos, mas mantém postura vigilante. Caso a inflação retome pressão, está preparado para novos reajustes.
Impactos principais
- Crédito mais caro: financiamentos, empréstimos e crédito ao consumo devem seguir restritos devido aos juros altos.
- Renda fixa atrativa: a remuneração de aplicações como poupança, CDBs e Tesouro Direto fica mais competitiva, favorecendo quem busca segurança.
- Dólar estável: a Selic elevada torna o Brasil mais atraente para investidores estrangeiros, o que pode contribuir para reduzir a pressão sobre o câmbio.
- Desaceleração controlada: o BC busca conter a inflação sem causar choque excessivo na economia.
Próximos passos
- O Copom deve manter a Selic em 15% por tempo prolongado, enquanto observa os impactos da alta recente.
- A próxima reunião deve definir se este será o auge do ciclo ou se novas elevações são necessárias. O mercado já trabalha com a possibilidade de início de cortes apenas no início de 2026.
Se quiser, posso projetar quanto isso representa em rendimento real de investimentos, ou mostrar como essa decisão afeta financiamentos e o orçamento doméstico.
