CEO da Nissan diz ao Nikkei que empresa planeja diminuir participação na Renault
A Nissan Motor pretende diminuir sua fatia acionária na montadora francesa Renault, conforme afirmou Ivan Espinosa, presidente-executivo da companhia, em entrevista publicada nesta segunda-feira (16) pelo jornal japonês Nikkei. O movimento faz parte de uma estratégia da empresa para direcionar recursos ao desenvolvimento de novos veículos, diante de um ambiente comercial considerado difícil.
Participação pode cair de 15% para 10%
Em março, Renault e Nissan já haviam anunciado um acordo para ajustar sua parceria, estabelecendo que cada uma manteria pelo menos 10% de participação na outra, em vez dos 15% anteriormente exigidos. Segundo o novo entendimento, qualquer negociação de ações deve ser realizada de forma coordenada, incluindo um direito de preferência entre as partes.
Com base nos valores atuais de mercado, a venda de 5% das ações da Renault poderia gerar cerca de 100 bilhões de ienes — o equivalente a aproximadamente US$ 640 milhões. Esses recursos seriam utilizados pela Nissan para impulsionar seus investimentos em novos modelos e tecnologias.
Parceria estratégica permanece inalterada
Apesar do plano de redução na participação acionária, a Nissan afirmou que seu acordo de cooperação com a Renault continua vigente e sem alterações. A parceria entre as montadoras, que já passou por ajustes ao longo dos últimos anos, permanece estratégica para ambas.
A informação chega em um momento de transição na liderança da Renault, após a confirmação de que o CEO Luca de Meo deixará o cargo para atuar fora do setor automotivo.
Conclusão
A decisão da Nissan de reduzir sua participação na Renault reflete uma reavaliação de prioridades, com foco na modernização da frota e no fortalecimento da competitividade da marca japonesa. Embora os laços corporativos estejam sendo revistos, a parceria entre as duas montadoras segue mantida, agora com uma estrutura mais flexível para atender aos novos desafios do setor.
