Comentário de Bolsonaro sobre Moraes como vice em 2026 gera desconforto entre apoiadores
Durante seu depoimento ao Supremo Tribunal Federal (STF), nesta terça-feira (10), o ex-presidente Jair Bolsonaro surpreendeu ao fazer uma declaração inusitada: sugeriu, em tom de brincadeira, que o ministro Alexandre de Moraes poderia ser seu vice em uma eventual candidatura à Presidência em 2026. A fala, feita durante um momento mais descontraído, causou mal-estar entre apoiadores do ex-presidente.
Repercussão negativa nas redes e grupos bolsonaristas
A brincadeira foi mal recebida por parte da base bolsonarista. Em grupos e redes sociais, a reação foi imediata: críticas classificaram a fala como “sem graça”, “fora de contexto” e até mesmo prejudicial, por dar espaço a interpretações desfavoráveis. Para alguns, o comentário enfraqueceu a imagem combativa que Bolsonaro costuma sustentar em relação ao STF e, especialmente, ao ministro Alexandre de Moraes.
Ausência de discurso político reforça insatisfação
Outro ponto que gerou descontentamento foi a ausência de uma retórica mais incisiva no depoimento. A narrativa de perseguição política — frequentemente usada por Bolsonaro e seus aliados — não foi explorada desta vez. Isso contribuiu para o sentimento, entre parte dos apoiadores, de que o ex-presidente adotou uma postura excessivamente moderada diante de um tribunal que o investiga.
Reações divididas: críticas e tentativas de interpretação estratégica
Após a onda inicial de desaprovação, surgiram também manifestações tentando interpretar a fala como uma jogada estratégica. Alguns aliados passaram a sugerir que o tom ameno de Bolsonaro e a provocação velada seriam sinais de que ele ainda se vê como uma figura política ativa e que, mesmo inelegível, mantém viva a intenção de disputar protagonismo em 2026.
Conclusão
A fala improvisada de Bolsonaro no STF revelou divisões dentro de sua base de apoio. O comentário sobre Alexandre de Moraes ser seu vice pode ter sido uma tentativa de descontrair, mas teve o efeito contrário entre muitos de seus seguidores. Com críticas à falta de firmeza e ausência de seu discurso habitual, o episódio reforça os desafios do ex-presidente em manter coesão e entusiasmo em seu eleitorado, especialmente em um cenário político onde sua elegibilidade segue indefinida.