Braga Netto trouxe dinheiro para bancar operação no golpe, diz Cid
O tenente‑coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, confirmou em delação que o general Walter Braga Netto foi um dos principais financiadores do esquema que planejava um golpe de Estado em janeiro de 2023. Cid detalhou que Braga Netto entregou dinheiro em espécie dentro de uma sacola de vinho ao major Rafael de Oliveira, integrante do grupo militar conhecido como “kids pretos”, que deveria executar a operação.
Cid revelou que os recursos utilizados vieram de fontes do agronegócio e de dentro do próprio PL, indicando que Braga Netto agiu como articulador financeiro. Embora tenha havido tentativa inicial de uso de recursos partidários, quando a ajuda foi negada, Braga Netto procurou uma forma de viabilizar os repasses por outros meios.
Esses valores teriam sido destinados a financiar despesas logísticas e operacionais necessárias para concretizar o plano, que incluía o monitoramento de autoridades e ações coordenadas visando uma possível tomada de poder.
A delação aponta Braga Netto como peça-chave no financiamento do golpe, reforçando a ideia de que sua participação foi além do apoio político e estratégico, envolvendo ação direta na arrecadação e repasse do dinheiro usado para viabilizar a operação.