Itália deve retribuir diplomacia e extraditar Zambelli, analisa professor
Segundo especialistas em direito internacional, a Itália pode decidir retribuir a boa relação diplomática com o Brasil e extraditar a deputada Carla Zambelli, que possui dupla cidadania ítalo-brasileira e fugiu para a Itália para evitar prisão no Brasil.
O que está em jogo
- Tratado de extradição Brasil-Itália: permite que, mesmo sendo cidadã italiana, Zambelli seja extraditada, pois o artigo 6º torna opcional a entrega, mas não a proíbe. Ou seja, a Itália pode sim autorizar a extradição para o Brasil.
- Pressão diplomática: o Brasil pode reforçar o pedido destacando reciprocidade, política e a defesa da cooperação jurídica. Especialistas sugerem que, em situações semelhantes, a Itália já atendeu a solicitações brasileiras para mostrar equilíbrio nas relações entre os países.
Repercussão na comunidade jurídica
Para juristas, a Itália analisa não só a legislação, mas também o contexto diplomático. Em casos anteriores, o país optou por extradições quando quis demonstrar boa vontade ou retirar tensão entre os governos. Esse precedente pode pesar a favor de Zambelli, caso o Brasil formalize e sustente bem o pedido.
Próximos passos
- O Brasil deve apresentar formalmente o pedido de extradição.
- A Itália, então, avalia critérios legais e diplomáticos.
- O processo pode envolver análise judicial e política, acelerando ou retardando a decisão final.
Conclusão:
Há chances reais da Itália extraditar Zambelli, desde que o Brasil formalize o pedido de forma consistente e use as relações diplomáticas para reforçar a reciprocidade prevista no tratado bilateral. Em contextos semelhantes, essa combinação funcionou. Zambelli segue em solo europeu, e a definição dependerá dos próximos passos jurídicos e diplomáticos.