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Moraes nega pedido de Braga Netto para suspender ação sobre golpe

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou o pedido feito pela defesa do general da reserva Walter Braga Netto para suspender os interrogatórios da ação penal que investiga uma tentativa de golpe de Estado. A defesa argumentava que os depoimentos deveriam ser adiados até que testemunhas de outros núcleos fossem ouvidas, o que, segundo os advogados, seria essencial para garantir uma defesa plena.

Na decisão, Moraes afirmou que não há base legal nem razoabilidade na solicitação. Ele destacou que a defesa do general poderia ter incluído mais testemunhas no processo, mas, das 40 possíveis, indicou apenas cinco – uma delas em comum com a acusação. Para o ministro, se havia interesse em depoimentos de integrantes de outros núcleos, eles deveriam ter sido arrolados no momento processual adequado.

Os interrogatórios estão mantidos e devem começar na próxima segunda-feira. Entre os réus estão o ex-presidente Jair Bolsonaro e outros ex-integrantes do governo, incluindo Braga Netto, que está preso desde dezembro de 2024, acusado de obstrução de justiça. Ele participará das audiências por videoconferência, a partir do local onde cumpre prisão preventiva, no Rio de Janeiro.

Além disso, Moraes determinou que a Procuradoria-Geral da República apresente informações sobre o andamento da delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid e que os documentos relacionados sejam repassados à defesa. A expectativa é de que os próximos depoimentos ajudem a elucidar o suposto envolvimento de autoridades civis e militares na tentativa de ruptura institucional.

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