TSE torna inelegíveis dono da Havan e mais dois por abuso de poder econômico
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiu tornar inelegíveis o empresário Luciano Hang, dono da rede de lojas Havan, e mais dois empresários acusados de abuso de poder econômico durante as eleições de 2022.
A decisão foi tomada em julgamento que analisou ações contra práticas consideradas irregulares de apoio a candidaturas, incluindo o uso da estrutura empresarial e recursos financeiros de forma desproporcional para influenciar o resultado do pleito. Segundo os ministros, houve envolvimento direto e indevido de recursos privados com o objetivo de beneficiar determinados candidatos, o que fere o equilíbrio do processo eleitoral.
Luciano Hang, conhecido por sua atuação pública e forte apoio a pautas conservadoras, vinha sendo investigado por utilizar a rede de lojas e sua influência como empresário para promover campanhas eleitorais, o que ultrapassaria os limites permitidos pela legislação. O TSE entendeu que suas ações caracterizaram abuso de poder econômico.
Além de Hang, outros dois empresários também foram alvos da decisão: eles teriam participado de forma coordenada de eventos, ações de publicidade e pressão sobre funcionários, criando um ambiente de favorecimento político dentro do ambiente corporativo.
Com a condenação, os três estão impedidos de disputar cargos eletivos por um período de oito anos, contado a partir das eleições de 2022. A decisão ainda pode ser contestada em instâncias superiores, mas já representa um marco importante na fiscalização de práticas abusivas no campo empresarial durante processos eleitorais.
A sentença do TSE reforça o entendimento de que o uso do poder econômico para influenciar eleições fere a democracia e será combatido com rigor pela Justiça Eleitoral.