Governo do DF afirma que foco isolado de gripe aviária em animal silvestre não interferiu em exportações do setor avícola
O Governo do Distrito Federal (GDF) assegurou que o registro recente de um caso de influenza aviária em um zoológico local não teve nenhum reflexo sobre as exportações de produtos avícolas oriundos da região. Segundo as autoridades do setor sanitário e agrícola, o episódio envolveu um animal silvestre mantido em cativeiro, afastado de qualquer interação com aves de criação destinadas à cadeia produtiva. A ocorrência, apesar de ter gerado uma onda de atenção momentânea, foi classificada como um caso isolado, contido dentro dos protocolos de segurança sanitária já existentes.
A ave diagnosticada com a doença pertence ao plantel de um zoológico, ambiente que segue regras rígidas de controle epidemiológico. Assim que os primeiros sintomas clínicos foram detectados, os profissionais responsáveis pela gestão dos animais notificaram os órgãos competentes, que imediatamente colocaram em prática o plano de contingência para situações desse tipo. A resposta rápida permitiu que o foco fosse neutralizado antes que pudesse haver qualquer risco de disseminação para fora do perímetro controlado.
As autoridades destacam que o vírus identificado foi uma variante do H5N1, reconhecida por sua alta patogenicidade entre aves. Ainda assim, devido à natureza do local onde foi detectado — um espaço sem relação com o setor produtivo — o caso não trouxe impacto comercial nem comprometeu a confiança dos mercados internacionais em relação aos produtos brasileiros. As exportações de frangos, ovos e demais itens relacionados seguiram seu fluxo normal, sem restrições adicionais por parte de compradores estrangeiros.
Segundo o Governo do Distrito Federal, o fato de o episódio ter ocorrido em um ambiente fechado, onde não há circulação de animais voltados ao consumo humano, foi crucial para garantir que a situação fosse tratada com eficácia sem gerar alarde desnecessário. Técnicos da área de sanidade animal reforçaram que não houve necessidade de abate de aves comerciais, tampouco foi imposta qualquer quarentena em estabelecimentos produtores da região.
A Secretaria de Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural (Seagri-DF) também se manifestou, afirmando que todas as medidas previstas em situações semelhantes foram executadas com precisão. Isso incluiu a coleta de amostras, o isolamento do local e a realização de exames laboratoriais em outros animais do mesmo recinto. A partir dos resultados, as autoridades sanitárias confirmaram que o caso foi pontual e que não existiam indícios de propagação para além do zoológico.
O governo local aproveitou a oportunidade para reforçar os protocolos de vigilância e anunciou a prorrogação do estado de emergência zoossanitária por mais três meses. A medida tem caráter preventivo e permitirá intensificar ações de fiscalização, além de manter a rede de monitoramento em estado de alerta para qualquer sinal de reincidência, por menor que seja. Em paralelo, o trabalho de conscientização entre criadores, tratadores e produtores continua sendo promovido como forma de garantir a máxima segurança possível.
A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) também acompanhou o episódio e reiterou que o Brasil mantém seu reconhecimento internacional como país livre de gripe aviária em plantéis comerciais. Esse status é fundamental para garantir a continuidade das exportações e só é possível graças ao comprometimento com a vigilância ativa, o rastreamento de surtos e a atuação preventiva das autoridades sanitárias em nível federal e regional.
O Ministério da Agricultura, por sua vez, acompanha o caso com atenção, mas com confiança no sistema já consolidado de resposta rápida e controle de riscos. A pasta destaca que a gripe aviária tem sido uma preocupação global, com episódios recentes em diversos países, mas que o Brasil, até o momento, tem conseguido impedir que a doença alcance seus rebanhos comerciais.
Em relação ao consumo de carne de frango e ovos, as autoridades reafirmam que não há motivo para preocupação. O episódio em questão, além de contido, não representa risco para a saúde humana por meio do consumo de alimentos de origem avícola devidamente processados. As orientações para o manuseio correto e a preparação adequada dos alimentos continuam válidas, como forma de garantir a segurança alimentar.
O caso no zoológico do Distrito Federal serviu, portanto, como mais uma prova da capacidade de resposta e da robustez dos protocolos sanitários brasileiros. Com vigilância ativa, ação coordenada e transparência nas comunicações, as autoridades conseguiram conter uma situação delicada e preservar, ao mesmo tempo, a saúde pública e os interesses econômicos do setor avícola nacional.