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“Estou esperando para ver o que vai acontecer”, diz Zambelli sobre prisão na Itália

A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) declarou, em entrevista, que não acredita na possibilidade de ser presa na Itália, país onde pretende residir e do qual possui cidadania. A fala ocorre após o Supremo Tribunal Federal (STF) condená-la a dez anos de prisão por envolvimento na invasão de sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e pela inserção de documentos falsos, em 2023.

Zambelli anunciou que deixou o Brasil e, no momento, encontra-se nos Estados Unidos.

“Estou pagando para ver”

Ao ser questionada sobre um possível mandado de prisão preventiva, Zambelli afirmou que não teme a prisão no exterior. “Eles vão tentar me prender na Itália, mas eu não temo, porque sou cidadã italiana e lá eu sou intocável, a não ser que a justiça italiana me prenda — e aí não vai ser o Moraes, vai ser a justiça italiana, estou pagando para ver um dia desses”, declarou.

Segundo a parlamentar, o ministro Alexandre de Moraes não teria poder para solicitar sua extradição, já que, como cidadã italiana, estaria sob jurisdição exclusiva da Justiça local.

Viagem não seria fuga, diz deputada

A deputada também negou que sua saída do país configure uma tentativa de escapar da condenação. De acordo com ela, a viagem teve como motivo inicial a realização de um tratamento médico. “Nunca me escondi. Quero voltar ao Brasil para terminar meu mandato, mas só farei isso quando tiver a oportunidade de me defender legitimamente”, afirmou.

PGR solicita prisão preventiva

Após a divulgação da viagem de Zambelli ao exterior, a Procuradoria-Geral da República (PGR) apresentou ao STF um pedido de prisão preventiva. A solicitação tramita sob sigilo e foi feita por meio de petição.

Conclusão

A situação da deputada Carla Zambelli segue em aberto, com novos desdobramentos possíveis nos próximos dias. Enquanto ela aposta em sua cidadania italiana para evitar uma eventual prisão, o Ministério Público tenta avançar com medidas legais no Supremo. A disputa agora gira em torno dos limites da jurisdição brasileira e da atuação das autoridades internacionais.

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