Freire Gomes afirma ao STF que “minuta do golpe” incluía prisão de autoridades
O general Marco Antônio Freire Gomes, ex-comandante do Exército, declarou em depoimento ao Supremo Tribunal Federal (STF) que versões mais recentes da chamada “minuta do golpe” incluíam previsão de prisão de autoridades públicas. A informação foi dada durante questionamentos feitos pelo procurador-geral da República, Paulo Gonet.
Documento evoluiu até incluir detenções, segundo general
Freire Gomes explicou que a primeira versão do documento apresentada aos comandantes militares não mencionava prisões. No entanto, de acordo com seu relato, o texto foi alterado posteriormente. Na versão final que ele teve acesso, havia menções à prisão de autoridades, embora sem identificar nomes.
Quando perguntado sobre quem seriam os alvos dessas medidas, o general afirmou: “Não foi nominada. Eu acho que, no caso, era o ministro Alexandre de Moraes.”
Transcrição reforça menção a prisões
Durante o depoimento, Gonet questionou diretamente se alguma das versões do documento determinava a prisão de autoridades públicas. Freire Gomes confirmou que sim, indicando que o conteúdo evoluiu até chegar a esse ponto, mesmo sem apresentar uma lista nominal dos possíveis alvos.
Conclusão
O depoimento do ex-comandante do Exército acrescenta mais um elemento à investigação sobre tentativas de ruptura institucional no país. A confirmação de que a versão final da chamada “minuta do golpe” previa detenções amplia o alcance das apurações e reforça os indícios de que o documento continha medidas de exceção com potencial impacto direto sobre o Judiciário e outras instituições públicas.