Alckmin afirma que recursos do aumento do IOF são indispensáveis
O vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) afirmou nesta sexta-feira (30) que a arrecadação prevista com o aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) é essencial para manter o equilíbrio das contas públicas no próximo ano. A declaração foi feita em meio a críticas de parlamentares e pressões do mercado contra o decreto que eleva o tributo.
Governo aberto a alternativas, mas defende medida atual
Questionado por jornalistas sobre a possibilidade de substituir o aumento do IOF por outra proposta, Alckmin indicou que o governo está disposto a dialogar, desde que a nova sugestão mantenha os objetivos fiscais. “Os recursos são necessários. Se houver uma proposta melhor, deve-se discutir, mas essa medida foi bastante debatida e é importante”, afirmou.
Objetivo é conter juros e garantir estabilidade
O vice-presidente também relacionou a elevação do IOF à tentativa de controlar a taxa básica de juros, que hoje está em patamar elevado. Para ele, a medida pode ajudar a evitar novos aumentos da Selic, e até contribuir para sua redução em um futuro próximo. “O que nos preocupa é a taxa de juros, que está muito elevada. Essa medida do IOF visa justamente evitar uma alta maior da Selic e pode até ajudar na sua queda mais rápida”, completou.
Reação negativa e pressão por mudanças
O anúncio do aumento do IOF provocou reações imediatas no Congresso. Parlamentares demonstraram insatisfação com a proposta, e o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), deu um prazo de 10 dias para que a equipe econômica apresente uma alternativa. Caso contrário, a medida corre o risco de ser derrubada, o que colocaria em xeque os cálculos da área econômica.
Previsão de arrecadação
A expectativa do governo é arrecadar cerca de R$ 18 bilhões em 2025 com o aumento do IOF, valor considerado crucial para o cumprimento da meta fiscal estabelecida para o ano.
Conclusão
O posicionamento de Alckmin evidencia a importância atribuída pelo governo à medida como ferramenta de ajuste fiscal. No entanto, a pressão política e as críticas à elevação do IOF colocam em risco a viabilidade da proposta. Com o prazo imposto pelo Congresso, a equipe econômica terá pouco tempo para avaliar alternativas ou reforçar o apoio à atual estratégia de arrecadação.