Tesouro Nacional informa saldo positivo nas contas públicas de abril, com superávit de R$ 17,8 bilhões
As contas do governo central apresentaram resultado positivo no mês de abril, segundo dados divulgados pelo Tesouro Nacional. O superávit fiscal registrado foi de R$ 17,8 bilhões, refletindo um desempenho acima do esperado nas receitas e controle nas despesas, em um cenário de recuperação gradual das finanças públicas.
O governo central, que compreende o Tesouro Nacional, o Banco Central e a Previdência Social, obteve esse resultado após um conjunto de fatores contribuir para o aumento da arrecadação, entre eles, a elevação da receita com tributos federais, royalties e dividendos, além de uma administração mais restritiva dos gastos correntes.
De acordo com os dados do Tesouro, esse superávit representa uma melhora significativa em relação ao mesmo mês do ano anterior, quando o resultado havia sido negativo. A reversão de tendência demonstra um esforço do governo para alcançar maior equilíbrio fiscal, mesmo diante de desafios como a alta da dívida pública e as pressões por mais investimentos sociais.
O desempenho fiscal de abril também se insere em um contexto de cumprimento das metas estabelecidas no arcabouço fiscal aprovado pelo Congresso. O resultado contribui para reduzir a necessidade de endividamento e reforça a capacidade do governo de financiar suas políticas públicas sem comprometer a estabilidade macroeconômica.
No detalhamento das receitas, houve crescimento na arrecadação de impostos como o Imposto de Renda e a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), impulsionada pelos resultados positivos das empresas no primeiro trimestre. Também se observou um aumento relevante nas receitas não recorrentes, como os dividendos pagos por estatais ao Tesouro.
Do lado das despesas, os gastos com custeio da máquina pública e benefícios previdenciários seguiram sob controle, embora ainda representem uma parte significativa do orçamento. A execução orçamentária foi marcada por cautela, diante das incertezas quanto à arrecadação futura e à necessidade de cumprir o novo regime fiscal.
O superávit de abril é visto por economistas como um dado positivo, mas que ainda não garante uma trajetória sustentável para as contas públicas ao longo do ano. Especialistas alertam que os próximos meses devem ser acompanhados com atenção, especialmente em relação às políticas de desoneração, renúncias fiscais e expansão de gastos com programas sociais e investimentos.
A equipe econômica do governo, liderada pelo Ministério da Fazenda, tem reforçado a importância da responsabilidade fiscal como pilar para a retomada do crescimento econômico. A manutenção de superávits primários, mesmo que pontuais, ajuda a melhorar a percepção dos investidores em relação à solvência do Estado e reduz a pressão sobre a taxa de juros.
O resultado divulgado para abril soma-se ao esforço do governo em melhorar a comunicação com o mercado e o Congresso, em busca de estabilidade para avançar com reformas estruturantes. A consolidação fiscal continua sendo um dos principais objetivos da política econômica, com impactos diretos sobre a inflação, o crescimento e o emprego.
Em resumo, o superávit primário de R$ 17,8 bilhões registrado em abril sinaliza que, apesar das dificuldades, o governo conseguiu fechar o mês com as contas no azul, fortalecendo a posição fiscal no curto prazo e contribuindo para a confiança nos rumos da política econômica.