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“Deus deixou o sertão sem água porque sabia que eu seria presidente”, diz Lula em discurso sobre obras hídricas

Durante um discurso marcado por emoção e simbolismo no interior do Nordeste, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que a seca histórica no sertão brasileiro foi, de certa forma, parte de um plano divino que culminaria em sua presidência. Segundo ele, as dificuldades enfrentadas pela população da região motivaram uma luta de décadas que agora tem resultado em obras concretas para garantir o acesso à água.

“Deus deixou o sertão sem água porque sabia que um dia eu ia nascer e seria presidente da República para levar água para o povo”, disse Lula, referindo-se aos projetos de transposição do Rio São Francisco e à ampliação de adutoras, poços e sistemas de abastecimento em áreas historicamente atingidas pela seca.

O presidente destacou que as obras hídricas são uma das prioridades de seu governo, especialmente em regiões como o semiárido nordestino, onde comunidades inteiras ainda dependem de carros-pipa ou de soluções improvisadas para o consumo diário.

Lula também relembrou sua infância marcada pela seca e pela migração forçada. Disse que cresceu vendo famílias deixando suas casas por falta de água e que essa memória o acompanha desde então como uma ferida aberta que ele se comprometeu a curar.

“Quando eu era pequeno, via minha mãe tirar água do pote com todo cuidado, porque sabíamos que podia faltar. Hoje, quero que nenhuma mãe precise viver com esse medo”, afirmou, diante de uma plateia formada por moradores locais, trabalhadores das obras e lideranças políticas.

A fala do presidente também teve tom político. Ele aproveitou o momento para alfinetar gestões anteriores que, segundo ele, “prometeram muito e fizeram pouco” no que diz respeito ao combate à seca. Reforçou que os investimentos do atual governo nas obras de infraestrutura hídrica são reais, com recursos liberados e cronogramas definidos.

Ao final, Lula disse que não se trata apenas de levar água, mas de oferecer dignidade. “Não é só uma torneira. É uma vida nova que chega junto com cada gota. É a certeza de que o Brasil não esquece de seu povo mais sofrido.”

A retomada das obras paradas, a ampliação da transposição e os novos sistemas de abastecimento estão entre os principais programas do governo federal para a região Nordeste.

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