Alta do IOF pressiona empresas e impacta principalmente os pequenos negócios
A recente elevação das alíquotas do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), anunciada pelo governo como parte de um pacote para reforçar a arrecadação em 2025, já começa a preocupar empresas de todos os setores da economia. O aumento afeta diretamente o custo do crédito, ampliando despesas em um momento de recuperação ainda delicada para muitos empreendimentos — especialmente os de menor porte.
O IOF incide sobre diversas modalidades de operações financeiras, como empréstimos, financiamentos, adiantamentos e operações de câmbio. Com a alta das alíquotas, as linhas de crédito ficam mais caras tanto para pessoas físicas quanto para jurídicas, mas é o setor produtivo que sente de forma mais intensa, uma vez que depende fortemente do crédito para financiar suas atividades.
Pequenas e médias empresas são as mais afetadas. Como essas companhias já enfrentam maiores dificuldades para acessar crédito com condições vantajosas, qualquer aumento de custo pode comprometer a saúde financeira do negócio. Muitas recorrem a empréstimos de curto prazo para manter o capital de giro, e agora, com o IOF mais elevado, essa prática se torna ainda mais onerosa.
Além disso, setores como comércio, serviços e indústria — que historicamente operam com margens de lucro mais apertadas e fluxo de caixa sensível — devem ser especialmente impactados. Especialistas alertam que o aumento do imposto pode gerar um efeito cascata, encarecendo produtos e serviços e pressionando os preços ao consumidor final.
O governo justifica a medida como necessária para alcançar metas fiscais e cobrir gastos previstos no Orçamento, como programas sociais e investimentos. No entanto, empresários e entidades representativas do setor produtivo criticam a medida, alegando que ela pode comprometer o ritmo de crescimento econômico e dificultar ainda mais a competitividade das empresas brasileiras.
Com a elevação do IOF, o ambiente de negócios se torna mais desafiador, exigindo das empresas maior cautela nas decisões financeiras e na busca por fontes de financiamento menos onerosas. A expectativa agora gira em torno de possíveis revisões futuras na política fiscal ou estímulos específicos para micro e pequenas empresas, que buscam manter a sustentabilidade em meio às novas pressões.