Politica

Moraes e Zanin tiveram seus nomes citados em anotações de grupo de extermínio

Documentos apreendidos pela Polícia Federal (PF) revelaram que os ministros Alexandre de Moraes e Cristiano Zanin, ambos do Supremo Tribunal Federal (STF), tiveram seus nomes citados em anotações pertencentes a um grupo investigado por planejar o monitoramento e possível execução de autoridades brasileiras. A operação da PF identificou que a organização criminosa cobrava valores expressivos pelos serviços ilícitos, com cifras que chegavam a R$ 250 mil.

Magistrados sob ameaça e suspeita de monitoramento

As autoridades agora apuram se os dois ministros chegaram a ser efetivamente monitorados pelo grupo. O conteúdo das anotações levanta preocupações sobre o grau de organização e periculosidade da quadrilha, que mantinha uma espécie de “tabela de preços” para as vítimas, conforme seus cargos públicos.

Tabela de alvos: valores variavam conforme a posição da vítima

De acordo com fontes próximas à investigação, a quadrilha estipulava diferentes valores para os serviços de espionagem e assassinato: R$ 250 mil por autoridades de alto escalão, como ministros do STF; R$ 150 mil, caso o alvo fosse um senador; e R$ 100 mil para deputados federais. A existência dessa lista evidencia o planejamento meticuloso e a hierarquia de valores dentro da organização criminosa.

Operação com prisões e apreensões em três estados

Na ofensiva contra o grupo, a Polícia Federal prendeu cinco suspeitos e cumpriu mandados de busca e apreensão nos estados de Mato Grosso, São Paulo e Minas Gerais. A operação foi autorizada pelo ministro Cristiano Zanin, um dos nomes mencionados nas anotações. O caso está sendo investigado em um inquérito que corre sob sigilo.

Além da tentativa de assassinato de autoridades, a investigação também apura um possível esquema de venda de sentenças judiciais. Estão sob análise servidores do Superior Tribunal de Justiça (STJ) e do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJ-MT), possivelmente envolvidos em negociações irregulares dentro do Judiciário.

Conclusão

A descoberta do envolvimento de ministros do STF nas anotações de um grupo criminoso que atua com violência e corrupção evidencia uma ameaça direta à integridade das instituições brasileiras. A apuração da PF, ainda em andamento, deve trazer à tona novos detalhes sobre a atuação da quadrilha, suas motivações e possíveis conexões com agentes públicos. O caso reforça a importância de medidas rigorosas para proteger autoridades e combater práticas criminosas que buscam minar o sistema de justiça no país.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *