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Azul: veja a trajetória da companhia aérea, quantidade de voos e detalhes da frota

A Azul Linhas Aéreas anunciou nesta quarta-feira (28) que entrou com pedido de recuperação judicial nos Estados Unidos, utilizando o mecanismo conhecido como Chapter 11. A decisão ocorre após meses de incertezas sobre a saúde financeira da companhia, mas a empresa assegura que as operações continuam normalmente.


Pedido de recuperação judicial e manutenção das operações

De acordo com comunicado enviado ao mercado financeiro, a Azul garantiu que seguirá operando seus voos normalmente durante todo o processo de reestruturação financeira. O Chapter 11 permite que a empresa organize suas dívidas e negocie com credores sem interromper o funcionamento.


Histórico e crescimento da Azul

A Azul iniciou suas operações em 15 de dezembro de 2008, com voos entre Campinas (SP) e as cidades de Salvador (BA) e Porto Alegre (RS). Em 2009, a companhia criou duas frentes importantes: a Azul Cargo, para transporte de encomendas, e o programa de fidelidade TudoAzul.

Segundo dados da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), em abril, a Azul detinha cerca de 30% do mercado nacional, praticamente empatada com a Gol, enquanto a Latam liderava com quase 40%.

Em 2012, a Azul ampliou sua atuação ao adquirir a Trip Linhas Aéreas, focada no interior paulista. Dois anos depois, começou a operar rotas internacionais, com voos para os Estados Unidos.


Frota, voos e quadro de funcionários

Atualmente, a Azul opera cerca de mil voos diariamente para mais de 160 destinos nacionais e internacionais. Sua frota é composta por 180 aeronaves, entre elas os modelos Airbus A320, A321, A330 e Embraer E-195. O quadro de funcionários ultrapassa 16 mil tripulantes.

Nos primeiros três meses de 2025, a companhia transportou 8 milhões de passageiros, reforçando sua presença no mercado.


Desafios financeiros recentes

Apesar do crescimento, a Azul encerrou o ano de 2024 com um prejuízo líquido de R$ 8,2 bilhões. Esse resultado foi impactado principalmente pela desvalorização do real frente ao dólar e pela atualização diária da dívida da empresa, o que agravou sua situação financeira e motivou o pedido de recuperação judicial.


Conclusão

A entrada da Azul no processo de recuperação judicial representa uma tentativa de reorganizar suas finanças sem comprometer o atendimento ao público e a operação de seus serviços. A história da empresa mostra um crescimento sólido e constante, com expansão da frota, diversificação de serviços e presença crescente no mercado nacional e internacional. O futuro dependerá da capacidade da companhia de superar os desafios financeiros atuais e retomar a estabilidade econômica.

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