Economia

Funcionário da Caixa é acusado de desviar mais de R$ 11 milhões em esquema sofisticado

Um escândalo de grandes proporções veio à tona após investigações revelarem que um funcionário da Caixa Econômica Federal teria articulado um esquema de desvio milionário, movimentando ilegalmente mais de R$ 11 milhões. O caso envolve a manipulação de sistemas internos, concessão irregular de empréstimos consignados e a criação de perfis falsos de beneficiários.

Segundo os investigadores, o servidor público usava o acesso privilegiado ao sistema bancário da instituição para inserir dados fictícios, aprovar operações financeiras fraudulentas e desviar os valores para contas controladas por ele. Em muitos casos, os empréstimos eram concedidos em nome de aposentados e pensionistas que sequer sabiam que seus dados haviam sido utilizados.

A estratégia incluía a utilização de empresas de fachada para a movimentação dos recursos, dificultando o rastreamento e criando a aparência de legalidade nas transações. Parte do dinheiro era posteriormente lavado por meio da aquisição de bens de alto valor, como imóveis e veículos de luxo, além de investimentos em criptomoedas.

A descoberta do esquema ocorreu após auditorias internas da Caixa identificarem movimentações atípicas em determinados contratos consignados. A partir daí, foi instaurada uma investigação sigilosa que levou à quebra de sigilo bancário, fiscal e telemático do suspeito. Com o avanço das apurações, as autoridades encontraram provas materiais do envolvimento direto do funcionário nas fraudes.

O caso levanta preocupações sérias sobre os mecanismos de controle e segurança dentro de instituições financeiras públicas, especialmente no setor de crédito consignado, que costuma ter regras mais flexíveis de liberação de recursos. A Caixa Econômica afirmou que está reforçando os mecanismos de fiscalização e que colabora integralmente com as investigações.

O servidor foi afastado preventivamente de suas funções e pode responder por crimes como peculato, lavagem de dinheiro, falsidade ideológica e associação criminosa. Se condenado, poderá pegar mais de 30 anos de prisão.

O episódio reacende o debate sobre a necessidade de reformar os sistemas de controle do setor público e de aprimorar a proteção de dados dos cidadãos, especialmente os mais vulneráveis, que costumam ser os alvos preferenciais de fraudes do tipo.

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