Economia

Impacto do aumento do IOF: entenda como as mudanças afetam seu bolso e as despesas cotidianas

O novo decreto que altera a cobrança do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) passa a valer a partir desta sexta-feira (23), com efeitos diretos sobre operações de crédito, câmbio e aplicações em seguros do tipo VGBL. A medida integra a estratégia do governo federal para ampliar a arrecadação e tem potencial de gerar até R$ 18 bilhões em receitas em 2025, segundo projeções da equipe econômica.

Unificação da alíquota para transações internacionais

A principal mudança é a unificação da alíquota do IOF em 3,5% para todas as remessas e pagamentos ao exterior. Isso inclui compras em sites internacionais, saques fora do país, recargas de cartões pré-pagos em moeda estrangeira e contratação de serviços digitais como armazenamento em nuvem e softwares.

Anteriormente, essas operações tinham alíquotas variadas entre 0,38% e 4,38%, com previsão de redução gradual até 2028. Com o novo decreto, essa trajetória de queda foi interrompida.

Impacto direto no bolso do consumidor

Na prática, a medida eleva os custos de transações feitas fora do país, mesmo em plataformas digitais amplamente utilizadas no Brasil. Veja exemplos:

  • Uma compra internacional de R$ 1.000 com cartão de crédito passa a ter IOF de R$ 35;
  • Um pagamento de R$ 500 em serviços como Google Drive ou iCloud terá IOF de R$ 17,50.

Reação negativa do mercado e recuo parcial

A decisão provocou forte reação no mercado financeiro, que interpretou a medida como um possível sinal de controle de capitais. Diante da repercussão negativa, o Ministério da Fazenda voltou atrás em parte das alterações previstas, embora mantenha a nova alíquota para determinadas operações.

Conclusão

A unificação do IOF em 3,5% representa uma mudança significativa na tributação de transações internacionais realizadas por pessoas físicas. Enquanto o governo busca aumentar a arrecadação diante de um cenário fiscal desafiador, a medida levanta questionamentos sobre seus efeitos no consumo e no acesso a serviços digitais. Com críticas de analistas e pressão do mercado, o recuo parcial indica que o tema ainda deve seguir em debate nos próximos meses.

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