Governo anuncia congelamento de R$ 31,3 bilhões no Orçamento e elevação do IOF para equilibrar contas
Em uma tentativa de conter o avanço do déficit fiscal e sinalizar responsabilidade com as contas públicas, o governo federal decidiu congelar R$ 31,3 bilhões do Orçamento. A medida vem acompanhada de um aumento na alíquota do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras), impactando diretamente transações de crédito e câmbio.
A decisão ocorre em meio a um cenário de forte pressão sobre o equilíbrio fiscal, com despesas obrigatórias crescendo em ritmo acelerado e a arrecadação enfrentando instabilidade. O congelamento de verbas afetará diversos ministérios e programas, principalmente os de caráter discricionário, ou seja, que não são considerados essenciais por lei.
Com a elevação do IOF, o governo espera reforçar o caixa nos próximos meses. O aumento do imposto, ainda que temporário, deve gerar impacto na economia real, especialmente para empresas que dependem de operações de crédito e cidadãos que realizam empréstimos pessoais, financiamentos e compras internacionais.
A equipe econômica argumenta que o ajuste é necessário para garantir credibilidade fiscal, manter a confiança do mercado e evitar uma reação negativa nas taxas de juros e no câmbio. Apesar disso, parlamentares da base e da oposição já começaram a criticar a medida, apontando que o congelamento pode afetar áreas como educação, saúde e infraestrutura.
Além das medidas anunciadas, o governo estuda outras formas de aumentar a arrecadação sem comprometer ainda mais o ambiente econômico. Uma das apostas está na revisão de isenções fiscais e no aumento da eficiência da máquina pública.
Nos bastidores, o Palácio do Planalto busca acalmar aliados e reforçar a narrativa de que o ajuste é temporário e necessário para preservar a estabilidade financeira do país. O Ministério da Fazenda também promete divulgar, nos próximos dias, um plano detalhado com os impactos esperados e as áreas mais atingidas pelo congelamento.
A expectativa agora gira em torno da reação do Congresso e do mercado financeiro. Enquanto a medida agrada parte dos investidores por demonstrar esforço fiscal, o impacto na economia real e nos serviços públicos ainda gera incertezas.