Politica

Alcolumbre indica que CPMI do INSS deve ser instalada apenas no segundo semestre

O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), indicou aos líderes partidários que a instalação da Comissão Parlamentar Mista de Investigação (CPMI) sobre as fraudes no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) só deve ocorrer no segundo semestre deste ano. A sinalização foi feita durante uma reunião de lideranças nesta quinta-feira (22).

Durante o encontro, Alcolumbre se comprometeu a realizar a leitura do requerimento que cria a comissão, mas definiu o dia 17 de junho como prazo final para que os partidos indiquem seus representantes para o colegiado.

Oposição critica prazo e teme perda de eficácia

A definição de um prazo próximo ao recesso parlamentar não agradou à oposição. Isso porque o recesso do Congresso está previsto para começar justamente em meados de junho, o que poderia reduzir a efetividade da CPMI, caso ela fosse instalada às vésperas da pausa nas atividades legislativas.

Líderes de oposição têm pressionado para que a comissão seja instaurada ainda em maio, mas já reconhecem que a leitura do requerimento pode ser postergada para início de junho, considerando que a próxima sessão conjunta do Congresso está prevista para o dia 27.

Senador defende adiamento para não interferir em investigações

Após a reunião com os líderes, o senador Jorge Kajuru (PSB-GO) comentou que Alcolumbre justificou o adiamento com o argumento de que a CPMI poderia interferir nas investigações em curso da Polícia Federal e de outros órgãos competentes.

“Ele argumentou muito bem, que, se a CPMI começa já, vamos prejudicar o trabalho de investigação da Polícia Federal e dos demais órgãos. Vamos esperar ver quem realmente tem culpa e aí abre-se a CPMI para dar sequência à investigação”, declarou Kajuru.


Conclusão

A expectativa de instalação da CPMI do INSS só no segundo semestre representa um ponto de tensão entre governo e oposição. Enquanto Alcolumbre defende prudência para não comprometer as apurações em andamento, parlamentares contrários ao governo receiam que a postergação enfraqueça os trabalhos da comissão. A definição sobre a leitura do requerimento nas próximas semanas será decisiva para o andamento do processo no Congresso.

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