Dólar sobe e encerra a R$ 5,63 após mínima em sete meses
Depois de atingir seu nível mais baixo em sete meses na última terça-feira, o dólar voltou a subir nesta quarta e fechou cotado a R$ 5,63, em um movimento influenciado por fatores tanto internos quanto externos.
O câmbio foi pressionado por uma combinação de cautela no mercado internacional e incertezas no cenário fiscal brasileiro. Investidores monitoram com atenção os sinais emitidos pelo governo federal sobre o compromisso com a meta de déficit zero, enquanto avaliam as dificuldades políticas enfrentadas pela equipe econômica.
Além disso, dados divulgados nos Estados Unidos sobre inflação e atividade econômica reacenderam a expectativa de que o Federal Reserve (Fed), banco central americano, possa manter os juros elevados por mais tempo do que o previsto. Esse cenário fortalece o dólar globalmente e impacta moedas emergentes como o real.
O movimento de valorização da moeda americana também é visto como uma correção técnica, após quedas consecutivas que levaram o dólar a ser negociado abaixo de R$ 5,50 pela primeira vez desde o fim do ano passado.
No Brasil, analistas ainda apontam que as recentes tensões políticas, como o avanço de pautas econômicas no Congresso e o embate entre Executivo e Legislativo, contribuem para o aumento da percepção de risco, o que faz investidores buscarem proteção em ativos considerados mais seguros, como o dólar.
Apesar da alta desta quarta-feira, o comportamento da moeda continua volátil e pode variar bastante nos próximos dias, dependendo dos próximos indicadores econômicos e dos desdobramentos políticos no Brasil e no exterior.