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Instituições financeiras diminuem as probabilidades de recessão nos EUA após período de trégua

Após a recente trégua tarifária entre os Estados Unidos e a China, várias instituições financeiras revisaram suas projeções econômicas, sinalizando uma diminuição nas chances de uma recessão nos EUA. A trégua, que resultou em um acordo de redução temporária das tarifas entre os dois países, gerou um clima mais otimista em relação à economia global, refletido nas revisões feitas por grandes bancos.

O impacto da trégua tarifária nas previsões econômicas

Na segunda-feira (12), um acordo entre os EUA e a China foi anunciado, com uma redução nas tarifas sobre as importações mútuas por um período de 90 dias. Os EUA diminuíram as taxas de 145% para 30% sobre produtos chineses, enquanto a China cortou suas tarifas sobre as importações dos EUA de 125% para 10%. Esse acordo contribuiu para a queda da incerteza econômica global e fortaleceu a confiança no mercado, levando os analistas a revisar suas expectativas de recessão.

O Goldman Sachs, por exemplo, reduziu sua previsão de recessão nos EUA de 45% para 35%. Já o Barclays descartou completamente a possibilidade de uma recessão, e o J.P. Morgan reduziu a probabilidade para abaixo de 50%. As tensões comerciais entre os EUA e a China haviam gerado preocupações sobre o impacto negativo nas economias de ambos os países e no comércio global, mas a recente trégua trouxe um alívio.

Projeções de crescimento e cortes nas taxas de juros

O Goldman Sachs também ajustou suas previsões de crescimento econômico para os EUA. A expectativa de crescimento do PIB americano para 2025 foi aumentada em 0,5 ponto percentual, passando para 1%. Além disso, o banco agora espera que o Federal Reserve realize três cortes na taxa de juros entre 2025 e 2026, com o primeiro corte previsto para dezembro de 2025, e os outros dois em março e junho do ano seguinte. Essa mudança na expectativa de cortes de juros reflete uma perspectiva mais positiva sobre o crescimento econômico e menos urgência para medidas de estímulo.

Anteriormente, o Goldman Sachs havia projetado três cortes nos juros para este ano, mas com o cenário de crescimento mais firme e a taxa de desemprego aumentando de forma mais gradual, a necessidade de apoio monetário foi reduzida. De acordo com o banco, os cortes não são mais vistos como uma medida de urgência, mas como parte da normalização da política monetária.

Conclusão

As revisões feitas pelas instituições financeiras, como Goldman Sachs, Barclays e J.P. Morgan, indicam que a trégua tarifária entre os EUA e a China pode ter um impacto positivo sobre as economias envolvidas. Com uma diminuição da incerteza e um crescimento potencialmente mais forte, as chances de uma recessão nos EUA caíram, e o mercado agora observa mais otimismo sobre os rumos econômicos. Apesar disso, os cortes nas taxas de juros continuam sendo uma possibilidade futura, embora com um foco mais voltado para a normalização do que para um estímulo imediato à economia. A situação, portanto, permanece dinâmica e dependente das negociações comerciais e das condições globais de crescimento.

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