BDM: alívio nas tarifas entre EUA e China traz reação positiva do mercado financeiro
O anúncio de uma pausa nas tensões comerciais entre Estados Unidos e China provocou uma reação positiva nos mercados financeiros ao redor do mundo. O entendimento, firmado após dois dias de negociações na Suíça, estabelece uma suspensão mútua das tarifas por 90 dias, reacendendo a esperança de um acordo mais amplo entre as duas potências econômicas.
Investidores projetam cenário mais favorável
O clima de alívio refletiu diretamente nos mercados, impulsionando ativos e fortalecendo as expectativas de que o intervalo negociado possa abrir caminho para uma solução definitiva. A possibilidade de avanços concretos durante esse período gera otimismo, especialmente em um momento de sensibilidade econômica global.
O movimento também influenciou as apostas sobre a política de juros nos Estados Unidos. Com o ambiente mais favorável, parte dos analistas já considera a antecipação de um possível corte na taxa básica pelo Federal Reserve (Fed), originalmente previsto para julho, para o mês de junho.
Medidas internas nos EUA geram impactos setoriais
Enquanto o acordo comercial impulsionou o mercado de forma geral, outro fator doméstico nos EUA teve efeito contrário em setores específicos. Uma ordem executiva assinada pelo ex-presidente Donald Trump visando a redução dos preços de medicamentos provocou recuo nas ações de empresas farmacêuticas no pré-mercado de Nova York, contrastando com a valorização observada em outros segmentos.
Indicadores econômicos movimentam a agenda da semana
A semana também será movimentada por uma série de divulgações econômicas. Nos Estados Unidos, o foco se volta para os números de inflação ao consumidor (CPI) e ao produtor (PPI), além de dados de varejo, produção industrial e índices de confiança.
Na Europa e na Ásia, os mercados estarão atentos aos resultados do PIB do primeiro trimestre da zona do euro e do Japão, bem como aos dados inflacionários na Alemanha. A China já antecipou seus números, com recuos na inflação ao consumidor (-0,1% em abril) e ao produtor (-2,7% no acumulado anual).
Brasil acompanha cenário local e externo
No Brasil, a atenção dos investidores se divide entre os desdobramentos internacionais e os indicadores domésticos. A ata do Comitê de Política Monetária (Copom), prevista para terça-feira, pode oferecer pistas sobre os próximos passos da taxa Selic. Além disso, o mercado monitora os dados de volume de serviços e vendas no varejo.
Resultados corporativos também em destaque
A temporada de balanços ganha força com a divulgação dos resultados de empresas brasileiras relevantes. Os números devem influenciar diretamente o comportamento das ações no mercado local, em meio ao cenário externo mais calmo.
Conclusão
A trégua tarifária entre Estados Unidos e China trouxe alívio temporário aos mercados e reaqueceu as expectativas em relação à estabilidade econômica global. Com uma agenda cheia de indicadores e decisões esperadas ao longo da semana, os investidores devem seguir atentos às sinalizações de política monetária e ao desempenho das empresas, tanto no Brasil quanto no exterior.