Economia

Brasil busca acelerar aprovação da China para entrada de produtos transgênicos

O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, embarcou nesta sexta-feira (9) para a China com o objetivo de acelerar as negociações que visam reduzir entraves regulatórios à importação de produtos biotecnológicos brasileiros. A viagem integra a agenda oficial do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que visita o país asiático nos dias 12 e 13 de maio.

Foco é diminuir a burocracia para sementes e alimentos geneticamente modificados

O principal ponto em discussão é a criação de um acordo que permita agilizar a aprovação chinesa de itens como sementes transgênicas e alimentos com edição gênica. Segundo o ministro, os trâmites para esse tipo de liberação têm levado tempo excessivo, mesmo quando os produtos já passaram por todas as etapas de análise e registro no Brasil.

Proposta prevê integração de dados técnicos

As conversas com o governo chinês, por meio do GACC — o órgão alfandegário responsável pelas importações —, ocorrem há meses e buscam criar um protocolo de cooperação. A proposta é que Brasil e China compartilhem informações técnicas e resultados de testes realizados em território brasileiro, de forma que as autoridades chinesas possam aproveitar esses dados e acelerar suas análises.

Fávaro explica que a diferença de tempo entre os processos dos dois países impede a entrada de produtos no mercado chinês, mesmo após sua aprovação no Brasil. “O produto fica pronto aqui, mas não pode ser comercializado porque o trâmite na China ainda está em andamento”, afirmou o ministro em abril.

Ganhos esperados vão além da economia

Além do impacto comercial, Fávaro destaca que um eventual alinhamento regulatório entre os países traria benefícios tecnológicos para o Brasil. A troca de informações e a cooperação no campo da biotecnologia também têm potencial de fortalecer a posição brasileira no mercado internacional de inovação agropecuária.

Conclusão

A missão brasileira na China representa uma tentativa concreta de superar os obstáculos que têm dificultado a entrada de produtos biotecnológicos no mercado asiático. Ao propor a harmonização de procedimentos e o compartilhamento de dados técnicos, o governo brasileiro busca não apenas ganhos econômicos, mas também o fortalecimento da cooperação científica entre os dois países — um passo estratégico em um cenário global cada vez mais competitivo na área agrícola.

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