Politica

Recém-saído do governo, ex-ministro vota a favor de manobra por Bolsonaro

Pouco tempo após deixar o cargo no governo federal, um ex-ministro surpreendeu ao votar a favor de uma manobra legislativa que pode beneficiar o ex-presidente Jair Bolsonaro, atualmente alvo de investigações no Supremo Tribunal Federal (STF).

A votação, realizada na Câmara dos Deputados, tratava de um projeto que, na prática, pode atrasar ou até suspender o andamento de ações judiciais contra autoridades, inclusive Bolsonaro. O ex-ministro, que agora ocupa uma cadeira no Legislativo, se alinhou à base bolsonarista e endossou a proposta, reacendendo debates sobre lealdade política e interferência nos processos judiciais.

A decisão gerou críticas de parlamentares da oposição e de entidades da sociedade civil, que acusam a medida de representar um retrocesso institucional. “É lamentável ver alguém que até ontem estava à frente de políticas públicas se curvar a um movimento que busca blindagem judicial”, disse um deputado da bancada de oposição.

Nos bastidores, aliados de Bolsonaro comemoraram a votação e destacaram o gesto do ex-ministro como sinal de que o ex-presidente ainda exerce forte influência sobre antigos integrantes de sua gestão. Já analistas políticos interpretam o episódio como parte de uma estratégia mais ampla da direita para fortalecer sua atuação no Congresso e proteger lideranças do grupo.

O ex-ministro, por sua vez, evitou declarações à imprensa, mas interlocutores afirmam que ele vê a proposta como uma “correção de distorções” no sistema judicial e que sua decisão foi “técnica, não política”.

O episódio evidencia como as articulações nos bastidores continuam a moldar o cenário político, mesmo após mudanças no comando do Executivo.

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