Contrariando Trump, novos dados apontam saldo positivo dos EUA com Brasil
Novos dados do comércio exterior divulgados recentemente mostram que os Estados Unidos têm registrado superávit na balança comercial com o Brasil, contrariando declarações do ex-presidente Donald Trump, que frequentemente classificava a relação comercial com o país sul-americano como “injusta” e “desfavorável” aos norte-americanos.
Durante seu mandato, Trump chegou a criticar publicamente o Brasil por supostos desequilíbrios comerciais e chegou a ameaçar com tarifas e restrições a produtos brasileiros, especialmente no setor do aço e alumínio. Segundo ele, os EUA estariam “perdendo” na relação comercial com o país latino-americano.
No entanto, os números mais recentes publicados pelo Departamento de Comércio dos EUA revelam uma realidade diferente. Apenas no último ano, os Estados Unidos exportaram para o Brasil mais do que importaram, gerando um superávit que ultrapassa US$ 7 bilhões — valor impulsionado principalmente pela venda de produtos industrializados, como maquinário, combustíveis refinados e equipamentos eletrônicos.
Enquanto isso, as importações norte-americanas de produtos brasileiros se concentraram em commodities, como minério de ferro, petróleo bruto e produtos agrícolas, o que explica parte do desequilíbrio favorável aos EUA, dado o maior valor agregado dos produtos exportados pelos americanos.
Especialistas em comércio internacional afirmam que a relação comercial entre os dois países é, na prática, benéfica para ambos, e que o saldo positivo para os EUA reforça a importância de manter laços comerciais sólidos e estáveis com o Brasil.
A divulgação dos dados reacende o debate sobre a retórica protecionista de Trump e levanta questionamentos sobre a real situação da balança comercial dos EUA com seus principais parceiros internacionais.