Alcolumbre indica resistência à criação de uma CPMI para investigar fraudes no INSS
O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), tem demonstrado resistência à proposta de criação de uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) destinada a investigar suspeitas de fraudes bilionárias no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Apesar da sinalização contrária, Alcolumbre se mostrou aberto a conversar com representantes da oposição sobre o tema.
Clima no Congresso não favorece abertura da comissão
Aliados do senador avaliam que o atual ambiente político no Congresso não é propício à instalação da comissão. Segundo essa visão, a criação da CPMI poderia acirrar os ânimos entre os parlamentares e comprometer o andamento da pauta legislativa planejada para 2025, especialmente no Senado.
Câmara também evita CPI sobre o tema
Na Câmara dos Deputados, a postura segue a mesma linha. O presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), tem demonstrado intenção de segurar o avanço de uma CPI sobre o caso, uma iniciativa que também partiu de integrantes do Partido Liberal (PL). Motta argumenta que há uma fila com 11 pedidos de CPIs que precisam ser analisados antes de qualquer nova abertura.
Oposição deve formalizar pedido ainda nesta semana
Apesar do cenário pouco favorável, parlamentares que articulam a CPMI afirmam já ter reunido apoio significativo: pelo menos 29 senadores e 182 deputados teriam assinado o pedido. A expectativa é que o protocolo oficial ocorra nesta terça-feira (6). Após isso, a deputada Coronel Fernanda (PL-MT) e a senadora Damares Alves (Republicanos-DF) pretendem se reunir com os presidentes da Câmara e do Senado para defender a instauração da comissão.
Conclusão
Com o avanço das articulações da oposição e a resistência das lideranças das duas Casas, o debate sobre a CPMI do INSS se insere em um cenário político delicado. A decisão final deve passar por intensas negociações, com o risco de impactos diretos sobre a agenda legislativa do próximo ano.