Economia patina e pressiona Trump: PIB recua e salários seguem estagnados
A campanha de Donald Trump à presidência dos Estados Unidos enfrenta mais uma turbulência nesta semana. Dados recentes divulgados pelo Departamento de Comércio apontaram uma contração no Produto Interno Bruto (PIB) no último trimestre, somada à estagnação nos salários, reforçando críticas à política econômica do ex-presidente.
Segundo o relatório oficial, o PIB registrou uma queda de 0,4% entre janeiro e março, puxado principalmente pela desaceleração no consumo das famílias e pela retração nos investimentos privados. Embora Trump esteja em campanha para retornar à Casa Branca com promessas de “crescimento recorde” e “pleno emprego”, os números contradizem o discurso otimista que vem sendo repetido em comícios e entrevistas.
Outro fator que intensificou o tom amargo da semana foi a divulgação de que o crescimento dos salários reais — ou seja, já descontada a inflação — segue praticamente estagnado. Mesmo com o mercado de trabalho apresentando uma taxa de desemprego relativamente baixa, o poder de compra do trabalhador médio americano permanece comprometido.
Economistas apontam que, apesar da retórica de Trump sobre corte de impostos e desregulamentação para impulsionar a economia, os efeitos práticos dessas medidas têm sido questionados, especialmente entre a classe média e os mais pobres.
Adversários políticos aproveitaram o momento para criticar o ex-presidente. “Ele quer repetir a mesma receita que já falhou antes”, disse a senadora democrata Elizabeth Warren. Já em alguns setores republicanos, há sinais de preocupação com o impacto desses dados nas urnas, especialmente em estados-chave.
Enquanto isso, Trump tenta desviar o foco das más notícias econômicas apostando em pautas ideológicas e ataques à oposição. Mas com a economia cambaleando, a narrativa de sucesso que sustentava sua candidatura começa a encontrar resistência até entre antigos aliados.