Oposição quer investigar INSS e já prepara plano B caso CPI não avance
Parlamentares da oposição protocolaram nesta terça-feira (30) o pedido de abertura da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar irregularidades no INSS. A iniciativa ganhou força após denúncias sobre atrasos sistemáticos e possíveis fraudes nos processos de concessão de benefícios.
A proposta foi apresentada com 181 assinaturas — número superior ao mínimo necessário de 171 — e agora aguarda o despacho do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), que deverá encaminhar o pedido para análise da Mesa Diretora.
A relatoria, no entanto, pode enfrentar entraves. O deputado federal Luiz Carlos Motta (PL-SP), que preside a Comissão de Finanças e Tributação e é visto como aliado do governo, poderia travar o andamento da CPI caso o tema precise passar por sua comissão antes da instalação.
Por isso, integrantes da oposição já articulam um plano B: pressionar Lira diretamente a instalar a comissão sem que o processo passe pelas mãos de Motta, ou até incluir o tema na pauta de outra comissão menos alinhada ao Planalto.
“Não vamos permitir que essa CPI seja enterrada por manobras políticas. O povo tem o direito de saber o que está acontecendo no INSS”, afirmou um deputado da oposição envolvido na articulação.
O objetivo da comissão é apurar supostas falhas administrativas e identificar eventuais responsáveis por práticas que estariam prejudicando milhares de brasileiros que dependem dos serviços do instituto.