Pesquisa aponta que ovo e café são os principais responsáveis pela alta nos preços dos alimentos

Em 2025, os preços dos alimentos sofreram aumentos significativos, e dois itens em particular chamaram a atenção: ovos e café. De acordo com a pesquisa “Variações de Preços: Brasil & Regiões”, realizada pela Horus Price, ferramenta de monitoramento de preços do ecossistema Neogrid, esses produtos lideram as altas nos preços dos alimentos no Brasil.

Aumento no Preço dos Ovos: Fatores que Impactam o Mercado

O preço dos ovos registrou um aumento considerável, passando de R$ 0,91 em dezembro de 2024 para R$ 1,21 em março de 2025, uma alta de 32,4%. Esse aumento está diretamente ligado a vários fatores, como o aumento do custo do milho, principal componente da ração das galinhas, e o encarecimento das embalagens, que pressionam as margens dos produtores. Segundo o levantamento, os produtores repassam esses custos ao consumidor, o que impacta o preço final dos ovos. Além disso, a demanda atípica durante a Quaresma e a Páscoa também influenciou o aumento.

Apesar da alta, a pesquisa indica que a expectativa é de que o preço dos ovos se estabilize em meados de abril, com a normalização do consumo, uma vez que a demanda sazonal diminui.

O Café Também Enfrenta Alta nos Preços

O café, outro item essencial para os brasileiros, também sofreu aumento. O preço do café em pó e em grãos subiu de R$ 53,90 para R$ 67,39 entre dezembro de 2024 e março de 2025, representando um aumento de 25%. A elevação nos preços do café segue uma tendência de alta observada em outros produtos alimentícios, impulsionada por fatores como o aumento nos custos de produção e logística.

O café figura entre as maiores altas mensais de fevereiro para março de 2025, com um aumento de 7,3%, o que afeta diretamente os consumidores que dependem do produto para o seu dia a dia.

Demais Produtos: Ações Menos Impactantes nos Preços

Apesar do aumento significativo nos preços do ovo e do café, a pesquisa também observou variações menores em outros itens. O leite em pó, por exemplo, registrou uma alta de 1,6%, enquanto o refrigerante teve um aumento de 1,5% e o shampoo subiu 1,3%. Esses aumentos são mais moderados, mas ainda refletem a pressão inflacionária no mercado de alimentos e produtos essenciais.

Queda nos Preços de Alimentos Básicos

Enquanto alguns produtos registraram alta, março também foi marcado por quedas significativas nos preços de itens essenciais para a alimentação do brasileiro. Arroz, feijão, farinha de mandioca, óleo e carne bovina apresentaram reduções no valor. O arroz teve uma queda de 5,1%, passando de R$ 6,44 para R$ 6,12. O feijão caiu 4,5%, de R$ 7,09 para R$ 6,77. A farinha de mandioca, o óleo e a carne bovina também apresentaram baixas em seus preços, proporcionando alívio para os consumidores que enfrentam um orçamento apertado.

Conclusão

A pesquisa aponta que, apesar das altas nos preços de itens como ovos e café, há uma expectativa de estabilização nos preços de alguns produtos em breve, especialmente no caso dos ovos, com a redução da demanda sazonal. No entanto, os aumentos nos custos de produção e a pressão sobre a logística continuam a ser fatores determinantes para a variação dos preços de alimentos no Brasil.

Os consumidores devem continuar atentos às mudanças no mercado, especialmente com a chegada de novos períodos sazonais que podem impactar o preço de outros itens. O mercado alimentício seguirá em um equilíbrio dinâmico, onde altas e baixas se alternam, exigindo vigilância constante das tendências de preços.