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Lupi dirá que desconhecia a fraude e que o INSS tomou medidas para coibir os desvios

O ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, deve comparecer nesta terça-feira (29) ao Congresso Nacional munido de documentos que, segundo ele, comprovam que as fraudes bilionárias no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) já vinham sendo apuradas pela própria pasta. A expectativa é que as informações sirvam como base da sua defesa em meio à crise que atinge o órgão.

Fraude bilionária e crise na gestão

A investigação da Polícia Federal e da Controladoria-Geral da União (CGU) estima que os desvios no INSS somem cerca de R$ 6 bilhões entre 2019 e 2024. Apenas no ano passado, R$ 2,8 bilhões teriam sido desviados. A gravidade do caso já resultou na demissão de Alessandro Stefanutto, então presidente do INSS e indicado por Lupi para o cargo.

Lupi diz que ação criminosa é estrutural

A aliados, o ministro tem argumentado que a atuação de organizações criminosas dentro do INSS não está ligada a gestões específicas, partidos ou governos, e que sua administração também foi alvo do esquema. De acordo com integrantes da pasta, Lupi tinha conhecimento de movimentações atípicas e determinou investigações internas, mas não sabia da real dimensão da fraude.

Subdimensionamento e reação do ministério

Entre os que acompanham o caso de perto, a avaliação é de que o principal erro de Lupi teria sido subestimar a gravidade do problema e não adotar medidas mais rigorosas de forma imediata. No entanto, o ministério reuniu dados que, segundo a equipe do ministro, mostram que houve ações concretas do INSS para coibir descontos indevidos e não autorizados — um esforço que, afirmam, contrasta com os valores apontados pelas investigações externas.

Conclusão

O comparecimento de Carlos Lupi ao Congresso ocorre em um momento decisivo para sua permanência no cargo e para a imagem da pasta. A apresentação dos documentos é vista como uma tentativa de demonstrar que houve reação institucional diante das suspeitas e que a gestão atual não foi conivente com os desvios. Resta saber se os argumentos serão suficientes para conter a pressão política em torno do caso.

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