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Gerdau segue confiante em relação à demanda por aço nos Estados Unidos

A Gerdau continua confiante quanto ao desempenho de suas operações na América do Norte, mesmo diante do ambiente de instabilidade gerado pelas recentes políticas comerciais dos Estados Unidos. A siderúrgica brasileira informou nesta terça-feira (29) que a sua carteira de pedidos no país segue em nível elevado, com cobertura superior a 70 dias, patamar considerado sólido pela empresa.

Durante conferência com analistas, o vice-presidente de finanças da Gerdau, Rafael Dorneles Japur, afirmou que não houve recuo nos volumes de vendas e que o nível atual de atividade permanece forte. Ele reconheceu que certos setores demonstram maior cautela diante das tarifas, como a indústria automotiva, mas destacou que o panorama geral ainda é positivo.

Demanda resiliente favorece operações norte-americanas

O presidente da companhia, Gustavo Werneck, também reforçou a visão positiva. Segundo ele, não há motivo para grandes preocupações com a saúde da carteira de pedidos da empresa nos Estados Unidos. A operação na América do Norte representou quase metade do resultado operacional da Gerdau no primeiro trimestre deste ano.

A demanda por aço segue especialmente aquecida em setores como construção não residencial e energia solar, segmentos que têm priorizado produtos fabricados localmente. Essa preferência vem beneficiando a produção da Gerdau, em detrimento de materiais importados.

Crescimento de receita impulsionado pelo câmbio

No primeiro trimestre, a receita líquida das operações da Gerdau nos Estados Unidos subiu cerca de 11% em relação ao mesmo período do ano anterior, totalizando R$ 8,8 bilhões. Parte desse avanço foi atribuído à valorização do dólar frente ao real, o que compensou a queda de preços no mercado internacional.

No mercado financeiro, as ações da empresa, que iniciaram o dia em queda, apresentaram leve recuperação, com valorização de 0,4% no início da tarde. No mesmo período, o Ibovespa registrava alta de 0,64%.

Produção no Brasil: novo laminador e foco na competitividade

A companhia também comentou sobre o novo laminador de bobinas a quente instalado na usina de Ouro Branco (MG), um projeto de R$ 1,5 bilhão. A expectativa é de que o equipamento atinja operação com custos normalizados até o terceiro trimestre, e embora contribua para a eficiência da produção, a Gerdau não acredita que esse aumento de volume vá pressionar os preços do mercado interno.

Com capacidade para produzir até 250 mil toneladas por ano, o novo laminador deve melhorar a competitividade nos aços planos. Já em relação ao segmento de vergalhões, a companhia reforçou seu compromisso em manter uma posição compatível com seu porte no mercado nacional.

Conclusão

A postura da Gerdau diante das incertezas globais demonstra uma estratégia baseada em resiliência e fortalecimento das operações locais, tanto nos Estados Unidos quanto no Brasil. A manutenção de uma carteira de pedidos robusta e os investimentos em tecnologia e produção reforçam o posicionamento da empresa como um dos principais players do setor siderúrgico nas Américas.

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