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Galípolo afirma que não há preocupação com a meta de inflação de 3%

O presidente do Banco Central (BC), Gabriel Galípolo, afirmou que não há desconforto com a meta de inflação de 3% para 2025, com um intervalo de tolerância de até 4,5%. A declaração foi feita durante a apresentação do Relatório de Estabilidade Financeira nesta terça-feira (29). Galípolo garantiu que a meta da inflação brasileira está em linha com a de outros países emergentes, reafirmando a confiança na capacidade do governo de atingir esse objetivo.

Desafios para cumprir a meta de inflação

Embora a meta de inflação permaneça intacta, o Boletim Focus, publicado na última segunda-feira (28), projeta que a inflação brasileira encerrará 2025 em 5,5%, superando o limite da meta. Galípolo reconheceu que a inflação tem apresentado um cenário desafiador, o que justifica a continuidade do ciclo de aperto monetário.

O presidente do BC destacou que, além dos desafios internos, o cenário internacional também tem gerado incertezas. Segundo ele, o impacto das tarifas anunciadas pelos Estados Unidos deverá ser sentido principalmente nos países desenvolvidos, com efeitos indiretos para as economias emergentes, como o Brasil.

Incertezas no cenário global e os efeitos para as economias emergentes

Galípolo também abordou as incertezas globais, especialmente no que diz respeito à desvalorização das moedas emergentes. Ele explicou que, ao contrário do esperado, a desvalorização das moedas não ocorreu de maneira significativa, o que gerou questionamentos por parte de autoridades monetárias de outros países. O impacto desse fenômeno, segundo Galípolo, ainda precisa ser avaliado, já que ele pode afetar as expectativas de longo prazo sobre a inflação e a atividade econômica.

O presidente do BC ainda ressaltou que há muita incerteza sobre os efeitos duradouros das políticas econômicas adotadas, como as tarifas dos EUA. Ele sugeriu que será necessário um tempo para entender o impacto completo dessas medidas, e se elas terão um efeito permanente na economia ou se podem ser revertidas em um cenário de diminuição das tensões comerciais.

Conclusão

Embora o presidente do Banco Central tenha reafirmado a confiança na meta de inflação de 3%, ele também reconheceu os desafios impostos tanto por fatores internos quanto externos. A manutenção da política de juros elevados, aliada à atenção às incertezas econômicas globais, continua sendo crucial para o cumprimento da meta. A trajetória da inflação em 2025 dependerá da capacidade do governo de mitigar os impactos da guerra tarifária e das mudanças nas dinâmicas econômicas internacionais.

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