Consignado privado soma R$ 8,2 bi e abre espaço para avanço de fintechs
O mercado de crédito consignado privado no Brasil atingiu a marca de R$ 8,2 bilhões em volume contratado, segundo dados mais recentes do Banco Central. O número, ainda modesto se comparado ao consignado público e ao tradicional, mostra um espaço em expansão que está sendo cada vez mais explorado por fintechs e bancos digitais.
O que é o consignado privado?
Diferente do consignado público — voltado a aposentados, pensionistas do INSS e servidores — o consignado privado é destinado a trabalhadores do setor privado com carteira assinada, cujas parcelas do empréstimo são descontadas diretamente na folha de pagamento, o que reduz os riscos de inadimplência.
Esse modelo tem crescido à medida que empresas fazem convênios com instituições financeiras para oferecer esse tipo de crédito aos seus funcionários. Em troca, os trabalhadores têm acesso a juros mais baixos do que os praticados no crédito pessoal tradicional.
Fintechs lideram inovação no setor
O avanço do consignado privado tem sido impulsionado por fintechs, que apostam em tecnologia, agilidade e menor burocracia para atrair clientes. Empresas como Creditas, ConsigaMais e Rebel estão entre as que disputam espaço nesse mercado.
Além de oferecerem taxas competitivas, essas plataformas costumam entregar uma experiência mais fluida para o consumidor, com contratação totalmente digital, análise de crédito via inteligência artificial e integração com sistemas de folha de pagamento das empresas.
Potencial de crescimento
Especialistas avaliam que o potencial de crescimento é alto, especialmente em um cenário de juros elevados e maior busca por crédito com condições melhores. A ampliação dos convênios entre empresas e instituições financeiras pode acelerar esse processo, assim como a regulamentação mais clara por parte do Banco Central.
“O consignado privado deve ganhar cada vez mais protagonismo, especialmente com a entrada de players digitais que enxergam nesse nicho uma oportunidade de democratizar o acesso ao crédito”, afirma um analista do setor.