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Pesquisa revela que 74% das empresas do setor financeiro planejam adotar inteligência artificial generativa

O uso de inteligência artificial (IA) tem crescido de forma consistente nos últimos anos, não apenas entre indivíduos, mas também no ambiente corporativo. Um levantamento da Deloitte mostra que 74% das empresas do setor financeiro no Brasil têm a intenção de adotar a Inteligência Artificial Generativa (GenAI) em suas atividades. A pesquisa foi realizada com 105 diretores financeiros (CFOs) de grandes companhias.

Adoção já começou, mas investimento ainda é baixo

Segundo o estudo, 15% das empresas já utilizam a GenAI em seus processos, enquanto apenas 11% não planejam adotá-la. Apesar do interesse elevado, o investimento ainda é modesto: 69% das companhias destinam até 5% da receita líquida a tecnologias aplicadas à área financeira, considerando tanto investimentos quanto despesas.

Automação e análise financeira lideram aplicações

Entre as aplicações mais mencionadas da GenAI estão tarefas rotineiras e repetitivas, citadas por 80% das empresas, além do planejamento e da análise financeira, apontados por 60% dos entrevistados. Serviços transacionais (48%) e estruturas de serviços compartilhados (25%) também são áreas visadas para a utilização da tecnologia.

Para Paulo de Tarso, sócio-líder do CFO Program da Deloitte, os diretores financeiros enxergam na GenAI uma ferramenta para ganhos de eficiência e produtividade. Ele destaca ainda o papel estratégico da tecnologia na busca por inovação e competitividade. “A questão é como aproveitar essa tecnologia plenamente”, pondera.

Obstáculos vão além da tecnologia

Apesar do otimismo com os benefícios, as empresas ainda enfrentam obstáculos. As principais preocupações envolvem a integração da GenAI com os sistemas já existentes, a capacitação contínua de profissionais e a escassez de habilidades técnicas no mercado.

Outros desafios apontados na pesquisa dizem respeito a fatores externos, como o cenário econômico brasileiro, a Reforma Tributária e mudanças no comportamento dos clientes. A volatilidade cambial também preocupa: em março, o dólar recuou 3,53% após um período de oscilações; em fevereiro, a moeda havia registrado alta de 1,39%.

Conclusão

O setor financeiro brasileiro demonstra um interesse crescente pela adoção da Inteligência Artificial Generativa, impulsionado pelos ganhos esperados em eficiência e competitividade. No entanto, esse movimento ainda esbarra em limitações orçamentárias e estruturais. A pesquisa da Deloitte aponta que, para que a GenAI se torne de fato uma ferramenta transformadora, será necessário superar desafios técnicos, investir em qualificação profissional e adaptar-se a um ambiente econômico instável.

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