Mais do que lágrimas: o que acontece com o corpo quando choramos?
Chorar é um comportamento humano natural que surge em diversas situações: tristeza profunda, raiva intensa ou até uma alegria arrebatadora. Apesar de ser uma reação comum, poucos sabem o que realmente ocorre no organismo nesse momento. Segundo o psicólogo Danilo Calixto, coordenador do curso de Psicologia da Faculdade Anhanguera, o ato de chorar tem explicações fisiológicas e emocionais bem definidas.
Emoções e o cérebro: o ponto de partida
Tudo começa no cérebro, mais precisamente no sistema límbico, responsável pelo controle das emoções. Quando sentimos algo de forma intensa, essa região é ativada, desencadeando uma série de reações neurológicas e hormonais.
A produção das lágrimas emocionais
Essas reações internas levam à produção das chamadas lágrimas emocionais. Diferente das lágrimas produzidas para lubrificar os olhos ou protegê-los de irritações, as emocionais carregam um propósito mais profundo.
O papel das substâncias liberadas
Segundo Calixto, essas lágrimas contêm substâncias que atuam diretamente no equilíbrio químico do corpo. Por isso, muitas pessoas relatam uma sensação de alívio ou bem-estar após chorar — e essa percepção tem respaldo na ciência.
Uma forma de expressão do organismo
Chorar, portanto, é uma maneira que o corpo encontra para processar emoções fortes. É uma resposta fisiológica que ajuda a lidar com o impacto dessas experiências, tornando-as mais suportáveis.
Conclusão: chorar também é cuidar da saúde emocional
Seja por tristeza, raiva ou felicidade, o choro não é sinal de fraqueza — é uma função natural do corpo que contribui para o equilíbrio emocional e fisiológico. Entender o que acontece internamente durante esse processo ajuda a desmistificar o ato de chorar e reforça sua importância como uma válvula de escape emocional.